Advogados que atuam no meio do futebol comentaram sobre a punição de exclusão do Grêmio na Copa do Brasil, após as ofensas racistas de parte da torcida contra o goleiro Aranha. Pensando em suposições que poderiam prejudicar seu clube, o também presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, se mostrou contrário a pena.
"Eu acho que não se pode punir o cube quando você identifica o torcedor. Suponha que alguém mal intencionado se misture à torcida do São Paulo, atire alguma coisa no campo e o clube, mesmo identificando o sujeito, acaba sendo punido”, disse o cartola tricolor.
"Ela (Patrícia Moreira, torcedora flagrada chamando o goleiro de “macaco”) deve pagar pelo crime de racismo, que é inafiançável, tem que ser presa, detida, processada. Na minha opinião, ela é a grande responsável, jamais o clube".
Já o renomado jurista Ives Gandra Martins acredita que o Grêmio tem chances de reveter a decisão por considerar que a punição não poderia ser aplicada neste caso.
"Acho um absurdo. Flamengo, Corinthians e São Paulo têm milhões de torcedores. Como o clube vai se responsabilizar pelo cidadão?", indaga.
E faz um paralelo."Como fica se um funcionário do governo federal comete um crime? O presidente é responsável? O presidente não tem como controlar todos os funcionários do governo federal", compara Ives Gandra.
"Esse é um crime. Cabe punição penal e indenização. Mas não ao clube, que não fez nada para incentivar o racismo e nem foi beneficiado em campo pelo episódio. O clube tem que recorrer na Justiça comum imediatamente. Não precisa nem esperar que se esgotem as instâncias esportivas".Veja também Oito dicas para limpar e conservar o tênis da academiaApós gritar 'macaco', torcedora diz que não queria ofender Aranha
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