O artista nem sempre acerta de primeira. Escreve, pinta, compõe e, de repente, joga tudo fora e começa outra vez. No final, a obra, na maioria das vezes, sai melhor e mais bela. Domingo (27), em Feira de Santana, no triunfo por 4 a 0 sobre o Flu, o volante Hélder, do Bahia, deu uma de artista. Mas foi da bola.
Benazzi: "a equipe está evoluindo, mas ainda precisa de muito mais"
No primeiro tempo, o colombiano Tressor Moreno deixou ele na cara do gol. De dentro da grande área, só com o goleiro Beto pela frente, o canhoto fez o mais difícil, chutou fraquinho e não deu trabalho para o arqueiro.
No segundo tempo, quando o jogo já estava 3x0 para o Bahia, Hélder resolveu esquecer o rascunho e fazer uma obra-prima. Do meio da rua, o volante deu uma cacetada de canhota e,com efeito, acertou o ângulo de Beto.
Meio surpreso, Hélder até demorou de comemorar o segundo gol dele com a camisa do Bahia - havia feito um contra o América de Natal pela Série B de 2010. Mas depois se soltou com sorrisos e abraços dos companheiros e do técnico Vágner Benazzi.
Sempre avesso a entrevistas, o volante teve que explicar o chutaço depois que a partida terminou. “Perdi o gol mais fácil e consegui fazer o mais difícil”, disse, rindo, ao microfone da TV Bahia. “O importante é que o grupo está evoluindo. Estou feliz por ajudar”.
Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 28 de fevereiro de 2011
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