Interventor, Carlos Rátis diz que vai punir funcionários sumidos

O interventor Carlos Rátis esteve na Arena Fonte Nova no último domingo (21) para acompanhar o clássico BaVi. Após o empate em 0 a 0 no clássico baiano, o advogado deixou o camarote em que estava e se dirigiu à zona mista, onde cumprimentou jogadores, comissão técnica e até o presidente do Vitória, Alexi Portela Jr. O clima entre o interventor e todos do clube baiano era muito bom. Entre sorrisos, abraços e palavras de incentivo pelo que foi visto em campo, Carlos Rátis também aproveitou para atender a alguns membros da imprensa. Em entrevista, o advogado aproveitou para revelar algumas dificuldades que tem enfrentado desde que assumiu o comando do Bahia. Uma delas, é a ausência de funcionários no clube. O advogado, nomeado pela Justiça para assumir o lugar de Marcelo Guimarães Filho, destituído do cargo da presidência da equipe baiana, reclamou que, desde que o processo de intervenção foi iniciado, alguns funcionários pararam de trabalhar e não justificaram a ausência. "Infelizmente os funcionários, até sexta-feira (19), continuaram não indo trabalhar. Vamos tomar providências mais severas para que a legislação seja respeitada. Já fizemos convocação através de e-mail, internet e meios de comunicação para que eles retornassem o trabalho. Agora vamos, junto à Justiça do trabalho, tomar providências para que não haja um tratamento diferenciado. Existem funcionários que estão trabalhando muito, até mesmo compensando a falta de outros, e isso não pode ser permitido. Entendemos que eles são funcionários do Esporte Clube Bahia, e não de grupo A, B ou C. É isso que estamos informando ao poder judiciário a todo instante", explicou.Se por um lado Rátis tem que administrar essa "dor de cabeça", o interventor também espera ter a ajuda dos torcedores para acelerar o seu trabalho e alcançar a sua meta, que é "já ter uma data para estabelecer a assembleia geral até quarta-feira (24)". O papel dos torcedores, neste caso, é fazer o recadastramento de sócios o mais breve possível, já que um dos principais mistérios da administração anterior do clube, era a divulgação da lista de sócios. Rátis, encarregado de descobrir quem faz parte dessa lista e qual a real situação de cada sócio patrimonial, relembrou que existem prazos que precisam ser cumpridos. "Até o momento levantamos 400 sócios que se recadastraram, mas isso não significa que todos votam ou podem se candidatar. Vamos fazer uma análise um a um, para ver a situação dos sócios. O prazo para o recadastramento é até sexta-feira, no dia 26, porque pretendemos fazer as eleições o mais rápido possível", solicitou.Transparência - Quando fala da intervenção, Carlos Rátis sempre fala na transparência que precisa existir em todo o processo de intervenção no clube. "O poder judiciário não pode interferir no funcionamento do futebol, mas o poder judiciário também não pode permitir que a constituição e o estatuto sejam desrespeitados. Vamos informar tudo o que está acontecendo, não apenas no recadastramento, mas também sobre as dificuldades que encontramos. Vamos fazer um memorando e expor tudo para a imprensa e órgãos competentes, para que providências sejam tomadas. Também vamos fechar com a empresa que vai fazer a auditoria e pretendemos realizar a assembleia dentro de 20 dias", garantiu.De acordo com o interventor, ele e Kakay, advogado do clube e que está à frente da defesa de Marcelo Guimarães Filho, já conseguiram estabelecer um contato, mas apenas através de mensagens de texto, informando que ambos estão à disposição um do outro.