Joel diz que não foi procurado pelo Bahia, mas está à disposição para negociações

O Bahia tem missão importante amanhã. Vencer o Paysandu, em Pituaçu, e avançar às oitavas de final da Copa do Brasil. Mas no Fazendão, o adversário paraense não é o único assunto da semana.

A diretoria tricolor não anda satisfeita com o trabalho do técnico Vágner Benazzi e já está negociando a contratação de Joel Santana, demitido do Botafogo no mês passado. O entrave seria o salário, entorno de R$ 250 mil.

Indício dessa movimentação foi a presença do auxiliar Chiquinho de Assis no treino de ontem. Ele vinha atuando como observador técnico e há tempo não descia pro campo.

Por telefone, Joel Santana disse que não foi procurado pelo Bahia. Porém, demonstrou estar bem informado sobre a situação do time no estadual. "Faltam dois jogos, um dentro de casa e outro fora. Tá se armando um time novo", soltou Joel, que já treinou o Bahia em duas oportunidades (1994-1995 e 1999-2000). Joel e o gestor Paulo Angioni mantém boa relação. "Trabalhei com o professor Paulo em vários clubes do Rio. Nos conhecemos há mais de 20 anos".

Sonho - Ontem pela manhã, em entrevista à Rádio Sociedade, o presidente Marcelo Guimarães Filho disse que a contratação de Joel é um sonho. À noite, preferiu não dar entrevista. Através da assessoria de imprensa, negou existir negociação. De qualquer forma, Marcelo Filho viaja hoje ao Rio de Janeiro. Lá, se reúne com outros presidentes e representantes da CBF para avaliar a criação de uma liga de clubes.

Bate-papo com Joel

O Bahia entrou em contato com você?

Até agora nada. Mas no futebol você sabe, as coisas mudam da noite pro dia. Pode ser que futuramente aconteça alguma coisa.

Você está disposto a ouvir proposta da diretoria tricolor?

Ouvir a gente ouve. Por que não? Trabalhei com o presidente Marcelo, foi campeão comigo. Agora é o Marcelinho o presidente, com o Paulo Angioni, com quem eu trabalhei durante muito tempo.

Você sente saudades da Bahia?

A Bahia é um lugar que sempre dá saudades. Tenho grandes amigos por aí. Sempre fui muito bem recebido, muito bem tratado. Morei muito tempo em Ondina. Sou filho da terra e guardo recordações enormes no meu coração.

E da torcida do Bahia?

A torcida do Bahia é uma das maiores do país, né? Os torcedores vão aos estádios, acompanham, têm uma história. Vamos ver o que vai acontecer...

Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 5 de abril de 2011