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Lais Souza se diz cansada de ser a "atleta gay" e promete andar

Ex-ginasta voltou a se mostrar insatisfeita com o destaque que a sua opção sexual ganhou na mídia

• 25/03/2015 às 14:48 • Atualizada em 27/08/2022 às 15:43 - há XX semanas

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A ex-ginasta Laís Souza voltou a se mostrar insatisfeita com o destaque que a sua opção sexual ganhou após ela falar publicamente que é bissexual. Em entrevista a revista Glamour, Laís, que ficou tetraplégica após sofrer um acidente de esqui em Salt Lake City, nos EUA, enquanto treinava para as Olimpíadas de Inverno de Sochi, na Rússia, disse estar solteira, bem resolvida, mas cansada dos rótulos que recebeu desde que se acidentou. Para ela, as manchetes deveriam focar nos prejuízos que ela ganhou ao perder os movimentos dos membros.
"Hoje estou solteira, mas o sexo é normal: posso beijar, transar e amar da mesma forma. Acontece que esse assunto me chateia. Desde que sofri o acidente, ganhei muitos rótulos. Primeiro, era a atleta acidentada. Depois, a atleta paraplégica. Agora, sou a atleta gay. Eu sou só a Lais Souza! Por que minha opção sexual tem que ser manchete?! Quebrei o pescoço, poxa! A gente precisa de manchetes para isso, para que cada vez existam mais pesquisas que me tirem da porcaria dessa cadeira!", disparou. Determinada a superar a tetraplegia, a ex-ginasta relatou que seu namoro com a agora ex-companheira terminou no início da sua recuperação e que está focada em melhorar. Depois de contar como havia sido o acidente e quais lesões sofreu, Lais garantiu que irá voltar a andar. "Acordei me sentindo bem, sem dores e orgulhosa por ter conseguido a classificação para a Olimpíada de Inverno. Aos 25 anos, depois de três Olimpíadas como ginasta, tinha conseguido me reinventar e provar que também era boa no esqui aéreo... Até vir o acidente - e o pesadelo começar. Do nada, bati numa árvore! Apaguei... Foi tão, mas tão rápido! Só fui acordar dentro do helicóptero, já recebendo os primeiros socorros", contou, antes de falar sobre o que sentiu no momento. "Vomitava muito. Acabei engolindo e aspirando vômito, o que mais tarde descobri ter agravado meus problemas respiratórios. Apesar do susto e do mal-estar extremo, ali já percebi que tinha alguma coisa errada comigo: não conseguia mexer o corpo. Meu quadro era desolador. Quebrei o pescoço e lesionei a terceira vértebra (C3) da coluna cervical que, além de quebrar, sofreu deslocamento e comprimiu as debaixo. Fora a lesão medular completa", explicou à revista. "E assim a vida seguiu: foram seis meses de hospital, entre crises de choro e de revolta. Me perguntava por que Deus não tinha me deixado o movimento de pelo menos um dedinho... Resolvi me focar nas minivitórias. A primeira foi respirar sem aparelhos. Como o impacto na medula tinha feito meu diafragma parar de funcionar, tive que fortalecê-lo. Por isso, eu cantava Ana Carolina o dia inteiro no hospital... Tatuei no meu punho uma cadeirante se levantando — símbolo do Miami Project e que sou eu! Tenho certeza que vou voltar a andar", avisou.

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