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Laudos apontam que Ramírez não chamou Bruno de 'seu negro'

O Esporte Clube Bahia contratou uma perícia para apurar a acusação

Redação iBahia • 23/12/2020 às 21:02 • Atualizada em 27/08/2022 às 19:28 - há XX semanas

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O Esporte Clube Bahia contratou uma perícia para apurar a acusação de injúria racial feita a Índio Ramírez, do Bahia. De acordo com a avaliação do vídeo da discussão entre Bruno Henrique e Ramirez, o meia não chamou o atacante de "negro". As informações são do Globo Esporte.
Nessa terça-feira (22), o vice geral do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches, anunciou que o laudo encomendado pelo Rubro-Negro comprovava ofensa de Ramírez a Bruno Henrique. Hoje (23), o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, falou sobre ter contratado perícia própria com cinco especialistas.
"Após o conhecimento do vídeo, nós procuramos o Ramírez. Ele viu o vídeo e foi taxativo na hora em que viu o vídeo. Ele diz: "tá quanto? tá quanto?". Isso foi o que o Ramírez disse quando viu o seu próprio vídeo. Mandamos para um pessoa nos auxiliar aqui em Salvador. Ele nos confirmou que a expressão era "tá quanto?", "tá quanto?", disse Bellintani.
Momento da discussão entre os jogadores | Foto: reprodução
Um dos especialistas, Eduardo Llanos, que é chileno e tem o espanhol como língua materna, explicou a sequência de falas flagradas no vídeo.
"Incialmente nós conseguimos ver que ele (Bruno Henrique) fala para Ramírez: 'arrombado' e depois 'gringo de m...'. A palavra "arrombado" também é utilizada em cima do outro jogador (Daniel) do mesmo time do Ramírez. Posteriormente, na sequência, quando vem aquela conduta de ambos os jogadores, Ramírez pergunta: 'qué pasó?'. Que é o mesmo que perguntar qual é o problema, o que você está querendo. 'Qué pasó' é chamar para a briga".
"Com a mão, ele faz o gesto, que significa que você é um fanfarrão, um falador, você fala o que não sabe, o que não conhece. Para irritar o jogador. E posteriormente, ele fala 'tá quanto?', 'tá quanto?', separado. A palavra correta seria "está quanto", afirma o especialista.
Eduardo Llanos acredita que, por conta das diferenças linguísticas, é natural Bruno Henrique não entender o que o jogador colombiano quis dizer no calor do jogo.
O GE entrou em contato com três especialistas em leitura labial: Luis Felipe Ramos Barroso, Felipe Oliver e Mikel Vidal, os dois últimos do Ines (Instituto de Educação de Surdos), que produziu o laudo para o Flamengo, afirmaram que Ramírez disse "fala muito, seu negro" na direção de Bruno Henrique durante a discussão.
Vale lembrar que Ramírez está afastado das atividades do Bahia desde a noite de domingo.

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