O Vitória precisa de um camisa 10 urgentemente. Isso ficou claro na estreia do estadual. No domingo, contra o Colo Colo, Elkeson entrou em campo com ela. Não honrou o presente e saiu vaiado do Barradão. O Leão precisa de um meia-armador feroz. Daqueles que assustam o adversário e organizam o time. Alguém se candidata? Sim, o meia argentino Lucas Nanía, sétima contratação da temporada.
“Sou rápido, habilidoso e sempre dou alternativas para os atacantes. Em todos os clubes que estive, sempre vesti a 10”, garantiu o atleta, que jogou em sete times. O último foi o Everton, do Chile. Nanía pode ser uma solução, mas não para agora. O torcedor rubro-negro vai ter que esperar um pouquinho pra avaliar se o hermano merece ser dono da “diez”.
Ele ainda precisa voltar à Argentina pra tirar visto de trabalho e se condicionar fisicamente.“Creio que vou estar pronto em dez dias”, previu. Nanía ainda não sabe quando vai estrear, mas já se prontificou pra jogar o BaVi, dia 6 de fevereiro. “Já soube do clássico e que há uma rivalidade muito grande. Na Argentina também é assim. É um jogo à parte, todos querem jogar e ganhar, porque quem perde não pode nem sair na rua”.
Estreante - Ao 27 anos, o meia nascido em Buenos Aires vai vestir a camisa de um clube brasileiro pela primeira vez e não esconde a empolgação. “É uma oportunidade muito boa, quero ser muito útil ao time e fazer meu nome aqui no Brasil”. Quando a negociação como Vitória começou, no dia 20 de dezembro, correu pro computador pra ter mais informações sobre o clube. “Me meti na internet e averiguei algumas coisas. Vi que é o maior time do Nordeste, tem uma torcida muito boa e que é um clube de primeira, que não deveria estar na Série B. Isso me ajudou muito a decidir vir pra cá”, contou.
Enrolado - Nanía já fez exames médicos, conheceu a estrutura da Toca, mas ainda não conversou com o técnico Antônio Lopes e nem com os jogadores do elenco. Esse papo, inclusive, vai ser pra lá de complicado. O cara não manja nada de português... “Qué?”, largou após a primeira pergunta. Quando o questionamento vem em espanhol, a resposta é certa. “No início vai ser difícil, vou ter que falar devagar e eles também. Mas tranquilo, no dia a dia vou escutando e aprendendo”. Ao menos o goleiro colombiano Viáfara fala a mesma língua.
Essa é a primeira vez que Nanía vem ao Brasil. Ainda não conheceu nada de Salvador, mas gostou do que viu no trajeto do hotel para a Toca. “É uma cidade muito bonita, mas faz um calor...”, brincou. Fã declarado do atacante Ronaldo, o argentino quer, em campo, se parecer com os brasileiros. “Me encanta a forma alegre que os brasileiros jogam. É bonito e é a forma que eu gosto de jogar”. Pra ser feliz por aqui, é só colocar o discurso em prática. O que o torcedor quer é voltar aver o Vitória jogar um futebol alegre.
*Matéria publicada na edição impressa do Correio* do dia 18 de janeiro de 2011
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