O massagista do time que representa a cidade de Conceição do Coité, no Campeonato Intermunicipal Baiano 2023, foi condenado por racismo nesta terça-feira (28). A vítima é um bandeirinha.
![Massagista de time baiano é condenado a pagar R$ 25 mil por racismo](https://cdn.ibahia.com/img/inline/300000/500x400/Massagista-de-time-baiano-e-condenado-a-pagar-R-250030985800202311282321-7.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.ibahia.com%2Fimg%2Finline%2F300000%2FMassagista-de-time-baiano-e-condenado-a-pagar-R-250030985800202311282321.jpg%3Fxid%3D1447794&xid=1447794)
De acordo com o Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol da Bahia (TJD-BA), o homem deveria arcar com uma multa de R$ 50 mil e ficaria 10 jogos afastado do clube.
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No entanto, por se tratar de futebol amador, a pena foi reduzida pela metade. Com isso, o massagista terá que pagar R$ 25 mil e ficará em afastamento por 5 partidas.
A partida aconteceu no dia 3 de setembro, no Estádio Municipal de Conceição do Coité, a cerca de 200 km de Salvador. O time adversário representava a cidade Barrocas.
Conforme registrou a Súmula da partida, uma série de práticas antidesportivas aconteceram ao longo do jogo. Além do ato classificado como racismo, foram pontuados ainda o arremesso de objetos, invasão de gramado e agressões físicas.
O ataque ao integrante da comissão de arbitragem (bandeirinha), em destaque, foi detalhado da seguinte forma: o massagista teria chamado ele de “seu preto de merda [...] é você mesmo seu macaco” chamando a atenção.
A denúncia foi oferecida ainda no mês de outubro, pelo Procurador de Justiça Desportiva, Dr. Abel Guerra Lima, e o julgamento ocorreu por unanimidade, com a condenação do massagista.
Em nota, o TJD-BA pontuou que não houve multa aplicada ao clube por ter sido possível a identificação do autor crime e as penas foram aplicadas no "patamar máximo" pelo Auditor Desportivo, Dr. Ricardo Maracajá.
Ainda segundo a decisão, acolhendo recomendação da Procuradoria de Justiça Desportiva, a denúncia e a decisão serão encaminhas para a Polícia Civil (PC) e o Ministério Público do Estado (MP-BA).
“O TJD-BA e toda a sociedade baiana repudia atitudes como esta, infelizmente não é um fato isolado, mas temos de firmar um para garantir a todos os envolvidos respeito e dignidade, para que o futebol seja um lugar seguro e sadio”, ressaltou Maracajá.
O iBahia tentou contato com o massagista e com o time, mas não conseguiu até a última atualização desta reportagem.