Na festa das duas maiores torcidas da Série B, tinha gente que, de forma alguma, sairia triste do estádio de Pituaçu. Os chamados ‘mistos’, aqueles torcedores que dividem a paixão por dois clubes, estiveram presentes. No final, deu Bahia, 2 a 1 de virada. Independentemente do resultado, ia dar no mesmo para essa galera.
Encontrar uma pessoa com as camisas de Bahia e Vasco no meio da multidão não era difícil, mas tinha gente que tentava camuflar a dualidade. Caso do servidor público Cristiano Lins (foto), 32 anos, que entrou na praça esportiva vestido com a camisa do alvinegro carioca, mas com o manto tricolor por baixo.
‘Vasco em primeiro lugar, Bahia em segundo’, explica sorrindo o servidor. Fácil dizer a preferência, mas se só um dos dois times pudesse subir? ‘Rapaz, tem que subir os dois’, titubeia. O amigo de Cristiano, Ricardo Garcia, é torcedor do Bahia e lamenta não poder tirar onda com o ‘misto’. ‘Não tem nem como fazer gozação. Ele é Bahia também’.
O eletricista Manoel Messias, 34 anos, foi com a camisa do Bahia, e o filho Edmundo Silva, vestido com o preto e branco do Vasco. ‘Nós torcemos para o mesmo time, mas só que eu resolvi vir de Bahia e ele de Vasco’, explica o pai. No entanto, o pai de Edmundo, nome dado em homenagem ao craque que fez história no cruzmaltino, entrega. ‘Meu primeiro time é o Vasco, mas o resultado que tiver eu tô feliz’. O filho Edmundo é mais flexível. ‘Se o Bahia ganhar eu fico feliz’.
Outro caso curioso é o do casal Luís Henrique, 39, e Arlete Benevides, 45. Luís é carioca e vascaíno. Arlete é Bahia. ‘Eu torço para os dois, mas meu coração é vascaíno’, conta o marido. A esposa avisa: ‘Vou sair daqui (Pituaçu) tirando onda com ele. Depois um toma uma cervejinha para comemorar e o outro para esquecer’.
*Fotos: Hailton Andrade/iBahia.com
Veja também:
Leia também:
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!