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Pelé 70: o Rei quase marcou o milésimo gol na Fonte Nova

Edson Arantes do Nascimento, o Atleta do Século, completa 70 anos neste sábado

• 25/10/2010 às 8:36 • Atualizada em 28/08/2022 às 22:11 - há XX semanas

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Foto: Divulgação/CBFO mundo do futebol parou para uma contagem regressiva em 1969. O Rei Pelé, o atleta do século, que completa 70 anos de vida neste sábado (23), estava perto próximo de atingir uma marca inédita: mil gols na carreira. E a Bahia quase foi palco deste fato histórico, mas um zagueiro "Doido" evitou que a Fonte Nova entrasse na história por esse fato.

Pelé 70: em 26 partidas contra os baianos, o Rei marcou 21 gols

Com 999 tentos feitos, Pelé desembarcou na capital baiana para enfrentar o Bahia pela Taça Roberto Gomes Pedrosa, o Brasileirão da época. Jornalistas do mundo inteiro acompanhavam a saga do eterno camisa 10. Mas enquanto todos esperavam ver o gol do Rei, os jogadores do Tricolor não queriam saber disso.

"A gente podia perder o jogo, mas não podia tomar gol de Pelé. Ninguém queria ser lembrado por esse fato. O jogo foi muito duro, tanto que a gente estava ganhando, gol de Baiaco, e Jair Bala empatou quase no fim", relembra Elizeu Godoy, ex-jogador revelado no Santos, mas que defendeu o Bahia naquele empate em 1 a 1.

Baiaco, o autor do gol tricolor, era o cara responsável pela marcação de Pelé. Um delize e quase o Rei faz. O zagueiro Nildo, o "Birro Doido", foi quem evitou o tento na linha do gol. Baiaco vacilou na tarefa de segurar o rei? "Não. Ele driblou todo mundo", defende-se o ex-volante. "Até reclamou comigo por causa de faltas que eu fazia. Ele falou para eu jogar minha bola porque eu sabia jogar".

No filme "Pelé Eterno", que conta a história do Rei do Futebol, o próprio conta que Nildo "Birro Doido" foi vaiado pelo público que estava na Fonte Nova. "Nunca vi uma torcida vaiar tanto um jogador do próprio time". Porém, os jogadores do Bahia rebatem essa declaração. Naquele dia, o estádio não tinha apenas torcedores tricolores, mas muita gente que queria apenas ver o milésimo.

Perguntado sobre quem jogou melhor naquele dia, ele ou Pelé, Baiaco não titubeia. "Fui eu que fiz o gol", diverte-se, mas reconhece que não havia ninguém melhor que o Rei. Elizeu concorda: "O Pelé era imprevisível. O jogador hoje é previsível. Antes era diferente. Você não sabia o que ele ia fazer. Ele era fantástico".

Pelé marcou o tão esperado milésimo no dia 19 de novembro de 1969. No Maracanã completamente lotado, fez de pênalti sobre o Vasco, no triunfo santista por 2 a 1 (assista aqui).

Goleada pra tricolor esquecer

Um ano antes, pela mesma Taça Roberto Gomes Pedrosa, o Santos havia goleado o Bahia no Pacaembu por 9 a 2. Pelé marcou três. Toninho Guerreiro fez quatro. Negreiros e Douglas, que jogaria no Tricolor anos depois, fizeram um cada. Biriba e Adauri descontaram para o time baiano.

"Eu jogava no Bahia. O Santos era excepcional. O Bahia começou ganhando depois o Santos virou. Um massacre", conta Elizeu, que não teve a mesma sorte de Baiaco. "Eu tinha chegado no Bahia e não era titular. Escapei dessa", diz sorrindo o marcador tricolor.

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