Rei do Futebol, Pelé minimizou as ofensas racistas sofridas pelo goleiro Aranha em partida pela Copa do Brasil, entre Santos e Grêmio, no mês de agosto. Para ele, o camisa 1 do Peixe exagerou na reação durante o jogo na Arena do Grêmio.
"O Aranha se precipitou em querer brigar com a torcida. Se eu fosse querer parar o jogo cada vez que me chamassem de macaco ou crioulo, todos os jogos iriam parar. O torcedor grita mesmo. Temos que coibir o racismo, mas não é num lugar público que você vai coibir. O Santos tinha Dorval, Coutinho, Pelé... todos negros. Éramos xingados de tudo quanto é nome. Não houve brigas porque não dávamos atenção. Quanto mais se falar, mais vai ter racismo", opinou Pelé, durante evento no Rio de Janeiro.
"Eu acho que tem que coibir, mas tem que saber até que nível. Porque são explosões naturais, que não vai dar para mudar. Se fosse assim, o time brasileiro não podia jogar na América Latina porque a gente ia ter que parar todos os jogos", completou. O caso de Aranha ganhou evidência no Brasil e, após julgamento, o Grêmio foi excluído da Copa do Brasil pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).