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Rio desiste de construir vila para jornalistas nas Olimpíadas

Custo para a construção do empreendimento, com 7 mil quartos, iria passar dos R$ 100 mi e não teria retorno após o evento esportivo

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30/04/2013 às 21:18 • Atualizada em 02/09/2022 às 5:54 - há XX semanas
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A Prefeitura do Rio desistiu de construir o Bairro Carioca Olímpico, que funcionaria como Vila de Mídia durante as Olimpíadas de 2016. O anúncio foi feito nesta terça-feira (30) pela presidenta da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silva Bastos Marques, após reunião com integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI). De acordo com ela, o custo para a construção do empreendimento, com 7 mil quartos, iria passar dos R$ 100 milhões e não teria retorno após o evento esportivo. “Esse projeto não vai ser feito mais, porque ia ser um enorme investimento de recursos públicos, em uma área que não há demanda pelos apartamentos. Então, não tinha sentido, era um projeto que não tinha viabilidade”. Em substituição à construção do bairro, a empresa e o comitê organizador propuseram à iniciativa privada antecipar empreendimentos no local em troca de isenções fiscais. "Nós buscamos empreendedores privados que tivessem projetos naquela região, muitos dos quais só ficariam prontos em 2017. Nós chamamos esses empreendedores e vimos quem teria condições e interesse em antecipar esses lançamentos em troca da isenção e da contrapartida da lei [municipal] de 2010, que é a mesma usada na Vila dos Atletas. Alguns deles se interessaram e têm os requerimentos necessários para serem considerados Vila de Mídia”, disse Maria Silva. Um dos empreendimentos, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste, já foi selecionado e foi firmada carta de compromisso. Outros dois, na mesma região, estão com a negociação adiantada, segundo a presidenta. Para receber os benefícios fiscais, as obras precisam ter o Habite-se (documento que atesta que o imóvel atende as exigências da legislação local) em dezembro de 2015. Quanto ao andamento geral das obras, o prefeito Eduardo Paes disse que o COI aprovou os balanços apresentados pela prefeitura. “Eu diria que foi a primeira reunião que a gente não ouviu nenhum porém, nenhum senão, a não ser a tensão natural de quem está realizando um evento dessa dimensão. Mais uma vez a gente mostrou que os Jogos Olímpicos estão na data, no prazo, feito de maneira eficiente, correta. É assim que a gente vai levar até o final”. De acordo com ele, não é possível dizer o percentual de conclusão das obras previstas, mas “está tudo muito bem”. “Está tudo muito dentro do prazo, quer dizer, a gente já está com a TransCarioca a pleno vapor, concluindo no ano que vem. A TransOlímpica já iniciada, a TransOeste concluída, o Parque Olímpico, as obras da Vila de Atletas a pleno vapor, a Vila de Mídia já iniciou. Uma série de iniciativas da prefeitura estão todas dentro do prazo, eu não tenho aqui de cabeça percentuais de conclusão dessas obras, mas está tudo muito bem”. Quanto à polêmica em torno da compra, pela prefeitura, de um jogo que faz alusão a obras da atual gestão, Paes anunciou que vai devolver o brinquedo ao fabricante e pedirá ainda a devolução dos recursos. “Eu vou devolver. Aquilo não tem promoção pessoal nenhuma. Desde o início, a gente disse isso, é uma decisão da Estrela [fabricante de brinquedos] de lançar, tanto que eu não fiz o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, o Maracanã, não fiz o sambódromo, até gostaria de ter feito. Tem algumas obras da minha gestão, eu fiz obras que marcam a cidade e vão ficar aí. O que eu não quero é ficar pondo essas coisas em dúvida. Foi lançado depois da eleição, se tivesse alguma coisa de promoção pessoal ou objetivo político teria sido lançado antes”.

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