Se depender da recepção, o meia Leandro Romagnoli vai ficar balançado entre permanecer no Bahia ou voltar ao San Lorenzo, independentemente dos pormenores que essa decisão necessite. Ontem, o jogador chegou a Salvador para uma reunião com os dirigentes tricolores, que já o esperavam no hotel onde o meia se hospedaria. “Temos que ver a situação e venho aqui pessoalmente fazer isso”, afirmou o argentino.
Cerca de 50 torcedores tricolores fizeram uma festança para recepcionar Romagnoli no Aeroporto Internacional Deputado Luis Eduardo Magalhães, ontem à tarde. O movimento era quieto, com todos dispersos, mas, logo que o meia surgiu no setor de restituição de bagagens, os tricolores começaram a cantar “O campeão chegou”, em referência ao título da Taça Libertadores conquistado na última quarta pelo jogador junto com o San Lorenzo.
Alguns levaram até faixa com mensagens em espanhol. “O Bahia te quer, El Pipi Romagnoli”, dizia uma. Até uma baiana devidamente caracterizada foi pro alvoroço.
“Tô aqui esperando ele desde 11h, já vi o Bahia passar. É bem-vindo e tudo que ele disse será perdoado pela torcida”, disse o aposentado Idelfonso Souza, de 49 anos.
A delegação tricolor voltou a Salvador no final da manhã após empatar com o Corinthians em 1x1, no sábado à noite, em São Paulo, pela Série A. “Estamos de braços abertos. Se ele fizer o mesmo que Sanfilippo é suficiente”, garantiu o aposentado Manoel Lima, citando o atacante argentino ex-San Lorenzo que teve excelente passagem pelo Bahia nos anos 70.
A torcida fez a parte dela. Não parou de cantar. Romagnoli, que recebeu de um funcionário do Bahia a camisa número 100, com o nome dele, reagiu tranquilamente, atendeu a todos, tirou fotos e arriscou até um “Bora Baêa” a pedido de um torcedor.
“Sim, eu esperava (o carinho). Eu sei como são os torcedores do Bahia”, assegurou o meia. “Estou muito agradecido e contente com isso”, disse enquanto os tricolores entoavam: “fica campeão, seu lugar é no Esquadrão”.
Os torcedores acompanharam o atleta, que chegou com o empresário Shai Lerner e trouxe apenas uma mala pequena, até o estacionamento do aeroporto. Alguns conversaram com El Pipi, que não se esquivou nem mostrou receio em nenhum momento.
Indecisão De acordo com Romagnoli, a situação dele com o Bahia deverá ser resolvida ainda hoje, quando ele tem volta prevista para Buenos Aires. O jogador assinou um pré-contrato com o Bahia no início do ano, mas não se apresentou na data prevista, 1º de julho, porque o San Lorenzo se classificou para as semifinais da Libertadores e, alega o estafe do jogador, uma cláusula em seu contrato previa a extensão do mesmo.
Depois do disse-me-disse, o Bahia “aceitou” a demora e quer contar com Romagnoli, mas o atleta quer um acordo para rescindir o pré-contrato e voltar ao San Lorenzo, que disputará o Mundial de Clubes em dezembro. “Não conheço os dirigentes, quero conhecer, falar com eles, ver o que realmente querem e depois tomar uma decisão se fico ou não”, declarou. A intenção é chegar a um acordo sobre a multa por rescisão.
Romagnoli já conhecia Salvador, onde esteve de férias, e não afastou a possibilidade de, desta vez, morar aqui. “Tenho contrato, então, há possibilidade também de ficar. Seria algo bom”, disse.
Matéria original: Correio*
Romagnoli fala sobre possibilidade de ficar no Bahia
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