Senna e Williams procuram reencontrar as glórias do passado

Pela primeira vez Bruno Senna tem pré-temporada na F-1

Um capacete verde-amarelo, um piloto de sobrenome Senna a bordo de uma Williams. Nos primeiros anos da década de 1990, essa associação mexeu com a imaginação dos amantes do automobilismo. Mas, uma curva separou os dois destinos e mudou a história da Fórmula 1. A família Senna se afastou das pistas por motivos compreensíveis. A Williams, depois de mais dois títulos com Damon Hill (1996) e Jacques Villeneuve (1997), deixou de brigar pelos primeiros lugares na última década. E nunca mais um piloto morreu guiando um carro de F-1. Essa semana, Bruno Senna vai dar uma nova largada na relação Senna-Williams e ambos, piloto e equipe, sonham em poder viver os tempos de glória. Preparação - A expectativa que cerca o sobrenome não é novidade para Bruno Senna. Sobrinho de Ayrton, personagem da primeira tentativa de aliança falada no início do texto, ele foi impedido por muitos anos pela família de competir. Quando finalmente teve a chance de guiar um Fórmula-1, o fez em equipes sem expressão, como a Hispania, ou não teve tempo de se preparar, como ano passado, quando entrou no meio da temporada na razoável Renault-Lotus. Este ano, Bruno teve direito a pré-temporada como todos os outros e acredita poder mostrar melhor desempenho. É claro que falar em título é irreal, mas os testes realizados até agora permitem acreditar que o brasileiro possa andar próximo do meio do pelotão e, quem sabe, frequentar o pódio em alguma etapa. "Fazer a preparação técnica com os engenheiros, com a equipe e tudo isso faz toda a diferença", diz Bruno Senna. "Claro que ninguém começa a temporada com o carro 100% pronto para correr sem nenhum problema, mas estamos bem próximos disso. E acho que o meio do grid vai estar bem apertado, vai estar todo mundo muito próximo um do outro", completa o piloto. Mudanças - A maior expectativa para a temporada deste ano é quanto à performance dos carros com os novos bicos, que obedece uma determinação da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Com a distância máxima de 55 centímetros para o asfalto, a maioria das equipes optou por uma solução esteticamente questionável. O degrau acoplado ao bico forma uma entrada de ar quadrada na frente de quase todos os carros. A intenção é aumentar a estabilidade e a proteção do piloto em caso de colisão lateral. Resta saber como os carros vão se comportar quando a disputa for pra valer.

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Vettel foca no tri e adversários tentam diminuir a distância Com todos os testes e mudanças anunciadas até agora, a única certeza antes da estreia da temporada 2012 da F-1 é que o alemão Sebastian Vettel continua como o cara a ser batido. Para evitar o tricampeonato do piloto da Red Bull, Lewis Hamilton, da McLaren e Fernando Alonso da Ferrari, também campeões mundiais e principais candidatos a interromper a sequência do alemão, confiam na evolução dos carros. Vettel tem ainda a concorrência do parceiro de equipe, o australiano Mark Webber. Ambos levam a vantagem de já terem um carro acertado, com poucas alterações. Para mudar o quadro dos dois últimos anos, resta muito trabalho dos demais.
Massa busca ano de reafirmação para renovar com Ferrari Em seu último ano de contrato com a Ferrari, o brasileiro Felipe Massa corre contra os adversários e a desconfiança sobre as suas reais condições de voltar a ser competitivo na Fórmula-1. Animado comos testes da pré-temporada, Massa contraria a própria direção da equipe e acredita em bons resultados já nas primeiras provas do calendário.
Razia busca espaço na GP2 de olho em futuro com os feras O baiano Luiz Razia começa a temporada 2012 bem cotado na disputa do título da GP2, principal categoria de acesso à Fórmula-1. Guiando o carro da equipe Arden, Razia tem andado próximo dos primeiros nos testes realizados na Espanha e desperta atenção dos rivais. Razia, na verdade, retorna à Arden, equipe pela qual fez sua estreia e ganhou uma corrida no Bahrein, na temporada 2008/2009. Ideia é dar mais experiência ao time de Christian Horner, chefe da Red Bull na F-1. O baiano correrá ao lado de Simon Trummer. "Seu conhecimento técnico do carro e dos pneus é impressionante e isso ajudará na nossa evolução", aposta Julian Rouse, diretor-esportivo da Arden.
Rubinho Barrichello troca de categoria após 19 anos: é Indy Pela primeira vez depois de 19 anos e 326 Grandes Prêmios, recorde absoluto na Fórmula 1, Rubens Barrichello não estará no grid da prova de abertura na Austrália, na madrugada de sábado para domingo. Rubinho se prepara para estrear na Fórmula Indy e, a julgar pelos primeiros treinos, pode até sonhar com uma conquista.