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Tite completa 3 anos na seleção e vai de ídolo nacional a alvo

O cenário aponta mais três anos de Tite na seleção

Redação iBahia • 20/06/2019 às 13:40 • Atualizada em 29/08/2022 às 3:47 - há XX semanas

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Tite foi de intocável a reles mortal. Nesta quinta-feira, o técnico completa o terceiro ano à frente da seleção justamente quando é alvo de maiores pressões externas e contestações. A data chega durante a Copa América no Brasil, após o 0 a 0 com a Venezuela.

Em 20 de junho de 2016, ele recebia um beijo no rosto do então presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, ganhava uma camisa de presente para sua mãe, Dona Ivone, e proferia aos jornalistas as primeiras palavras no cargo. O salto de qualidade nas atuações da equipe, de forma quase instantânea, alçaram o técnico à condição de ídolo nacional.

Três anos depois, ele deixou a Fonte Nova sob vaias. A seleção só acertou uma finalização a gol em 19 tentativas, encerrando os 100% de aproveitamento do técnico em casa, após 12 jogos. Sem provocar o mesmo fascínio de antes, Tite prometeu melhora:

— Temos obrigação, sim, de jogar melhor e ter o resultado. A expectativa é que a seleção evolua no decorrer da competição. Vamos evoluir. Podem me cobrar.

Derrotas são raras, é bem verdade. Em três anos, foram só duas nas 38 vezes que o Brasil entrou em campo — a mais doída para a Bélgica, nas quartas de final da Copa do Mundo. Mas as vaias à seleção nos primeiros jogos na Copa América são o desabafo de uma torcida que espera a rearrumação do time no ciclo que se iniciou após a eliminação na Rússia. Dos titulares na Fonte Nova, oito são convocados desde que Tite assumiu. O trabalho não está começando do zero.

Quebra-cabeça no ataque

Por enquanto, a retomada das boas atuações não vingou, especialmente no ataque. As tentativas quase desesperadas de variação contra a Venezuela apontam que ainda não há uma confiança cega em uma formação ofensiva. Com o desempenho ofensivo irregular, a equipe corre risco até de terminar em terceiro no Grupo A.

Para ser primeiro sem depender de outros resultados e cruzar com um adversário teoricamente mais fácil nas quartas de final, o Brasil enfrentará o Peru, na sexta-feira, na Arena Corinthians, com a obrigação de vencer.

O time ideal, sobretudo pela ausência de Neymar, ainda é um quebra-cabeça em processo de montagem. O atacante, por si só, mexeu com as bases da seleção pelo comportamento em campo e pelos problemas fora dele. O técnico apostou no craque como capitão, mas ficou na parede diante de um soco dado pelo jogador em um torcedor e lhe tirou a faixa. Mas nem o episódio fez com que Tite deixasse de derramar elogios a Neymar. A cortesia se estende ao pai do jogador.

Defensor de trabalhos a longo prazo, Tite também se vê num cenário de dificuldade para reencontrar o ponto de equilíbrio no meio. Nomes importantes ficaram pelo caminho, como Paulinho e Renato Augusto. O momento atual demanda adaptação a um esquema tático novo, já que o 4-1-4-1 deu lugar ao 4-2-3-1, e a busca pelo sucesso da conexão entre o que Tite tem na cabeça e a prática da seleção com novatos.

Na criação, Coutinho ganhou liberdade. Ele e Richarlison foram os que mais vezes estiveram em campo no momento em que os gols do Brasil saíram no pós-Copa: em 12 jogos, 21 dos 28 gols. Olhando o cenário geral desde a chegada de Tite, Coutinho é o terceiro principal artilheiro da seleção, com 12 gols, ficando atrás de Neymar (14) e Gabriel Jesus (16).

Defesa a Fernandinho

Além da queda de desempenho da seleção, Tite nestes três anos comprou o barulho de Fernandinho e acumula desgaste por isso. O treinador convenceu o volante a voltar ao grupo depois de ele pedir afastamento após a eliminação na Rússia. Na estreia na Copa América, Fernandinho foi titular. Contra a Venezuela, a entrada dele no segundo tempo foi o estopim para intensas vaias: a torcida esperava mexida mais ousada.

Tite também tem sido um valioso porta-voz para a CBF. E isso se viu no primeiro dia de trabalho, esquivando-se de perguntas sobre Del Nero. Embora veja crescer o fim do encantamento do torcedor com o técnico, a entidade não dá sinais de demissão. O presidente Rogério Caboclo assegura a manutenção de Tite até 2022: por não querer jogar por terra o discurso de continuidade e também por falta de um substituto à altura.

O cenário aponta mais três anos de Tite na seleção.

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