O relógio corre depressa e restou ao Bahia se virar pra redirecionar o barco enquanto é tempo. Demissão de Rogério Lourenço anunciada, a cúpula tricolor mirou em Vadão como comandante pra dar o rumo certo ao time, perdidaço.
Uma barreira do passado apareceu no caminho e fez com que o tiro não fosse tão certeiro assim. Com proposta perto de R$ 100 mil mensais, já com o auxiliar Gersinho no pacote, Vadão quer incluir no acerto a grana que recebe do Bahia aos poucos, através da Justiça, pelos salários não recebidos na temporada 2004.
Naquele ano, Vadão quase conquistou o retorno à Série A do Brasileiro, alcançado no ano passado por Márcio Araújo. A derrota por 3x2 para o Brasiliense, na última rodada do quadrangular final da Série B, deixou os tricolores frustrados com a desclassificação. O Brasiliense já estava classificado e uma vitória simples botaria o Bahia na elite logo no ano seguinte à queda.
O celular de Vadão até chamou ontem pela manhã, mas, após o início da tarde, com as negociações acontecendo, as ligações passaram a ir direto para a caixa de mensagens. E assim seguiram até as 21h45.
O acerto tem boas chances de sair hoje. A ideia é que Vadão assista ao duelo com o Camaçari, amanhã, às 20h30, em Pituaçu. Oswaldo Alvarez está sem clube desde outubro do ano passado, quando acabou demitido da Portuguesa por causa de uma campanha irregular na Série B. Em 2009, o treinador comandou o acesso do Guarani – e, já promovido, enfrentou o Bahia em Pituaçu, em uma tarde de abraços com a cúpula tricolor.
GENINHO - Se o negócio não andar, o Bahia está disposto a coçar o bolso para trazer Geninho, segunda opção da diretoria. O técnico, que deixou o Sport no domingo, após perder o Clássico das Multidões para o Santa Cruz, por 2x0, recebia cerca de R$ 160 mil mensais no Recife.
No início da tarde de ontem, ainda no Recife, Geninho disse que não havia sido procurado pelo Bahia. "Ninguém me procurou ainda. Tô acabando de me desligar do Sport hoje (ontem)", disse ele, que
chegou a recusar uma proposta do Bahia em 2009 alegando que ia para o exterior e acabou indo para o Náutico. Assim como Vadão, Geninho já treinou o Bahia. Foi em 1997, ano do primeiro rebaixamento do clube para a segunda divisão. Vale ressaltar que o técnico na queda era Jair Pereira.
*Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio no dia 8 de fevereiro de 2011
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