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Veja um resumo sobre a primeira passagem de Dunga na Seleção

O capitão de 1994 volta para comandar o Brasil à beira do campo. Relembre o seu trabalho entre 2006 e 2010

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22/07/2014 às 15:01 • Atualizada em 27/08/2022 às 23:37 - há XX semanas
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Redação Goal
No dia 24 de julho de 2006, Dunga era apontado como novo treinador da seleção brasileira, apesar da então falta de experiência no cargo. A chegada do capitão do título mundial de 1994 soava muito mais como uma resposta às críticas sobre os exageros que houveram durante a Copa do Mundo realizada na Alemanha. O ex-camisa 8 assumiu as rédeas da equipe nacional e optou por um futebol mais pragmático, priorizando a vitória ao jogo bonito.
O futebol jogado em campo não encantava. No entanto, o trabalho foi coroado com os títulos da Copa América (2007) e da Copa das Confederações (2009), que apagaram algumas críticas recebidas após a eliminação nas Olimpíadas de 2008 e serviu como trunfo para defender o trabalho que vinha sendo feito visando a Copa do Mundo de 2010.
Naquele Mundial, Dunga não resistiu às críticas em relação a sua lista de convocados. Fora de campo, as brigas com a imprensa cresceram; dentro do gramado, o seu time caiu diante da Holanda nas quartas de final e a CBF optou por sacar o ex-jogador do comando. Abaixo, confira alguns dos principais momentos do “velho-novo treinador” da Seleção, que voltou a assumir o cargo nesta terça-feira.
A estreia: empate com a Noruega
O primeiro jogo de Dunga na área técnica da seleção brasileira foi um amistoso contra a Noruega, realizado no país europeu. A partida terminou empatada em 1 a 1, com o Brasil chegando ao empate aos 62 minutos, graças a um gol de Daniel Carvalho. O ex-jogador, que atualmente se aventura no futsal, recebeu passe de Fred e chutou colocado para empatar. Dunga se mostrou muito participativo na beira do campo, sempre gritando e cobrando muito de seus jogadores.
Copa América, o primeiro torneio oficial
Antes do início da Copa América de 2007, realizada na Venezuela, o Brasil fez inúmeros amistosos. A maioria contra seleções respeitadas, como Argentina, Portugal, Chile e Inglaterra. Os resultados não eram tão animadores, assim como a estreia da Seleção no torneio continental: derrota por 2 a 0 para o México. Mas o time se recuperou na competição e chegou à decisão após superar o Uruguai na disputa de pênaltis. Na final contra a Argentina, 3 a 0 e grande atuação de Julio Baptista. O troféu apaziguou as críticas que já vinham sendo feitas sobre o seu trabalho.
Olimpíadas, Eliminatórias e Copa das Confederações
Na busca pelo inédito ouro olímpico, em Pequim, Dunga esteve à frente do escrete canarinho, mesclando jovens promessas do futebol nacional a alguns craques reconhecidos, como Ronaldinho Gaúcho. O time acabou caindo na semifinal diante da Argentina, futura campeã. Uma enxurrada de críticas em cima do trabalho do treinador, principalmente por causa da qualidade do futebol apresentado até então. A campanha nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010 também não vinha agradando. Os resultados não eram ruins, mas as críticas estavam centradas em como o time jogava. O empate sem gols com a Bolívia, em partida realizada no Engenhão, virou símbolo da insatisfação com o técnico. Mas o título da Copa das Confederações, em 2009, aliviou a pressão.
Em campo, o time lutou para virar contra os Estados Unidos na final e superou os norte-americanos por 3 a 2. A competição, realizada como grande evento-teste do Mundial, serviu para unir ainda mais o grupo, e mostrou que o Brasil poderia contar com Luis Fabiano no comando de ataque. A classificação para o Mundial da África do Sul não foi dramática. Pelo contrário: a Seleção ficou na primeira posição.
Crise com a imprensa e a derrocada diante da Holanda
Quando anunciou sua lista de convocados para a Copa do Mundo, Dunga não quis saber do clamor nacional: deixou de fora Neymar e Paulo Henrique Ganso, que viviam fase espetacular no Santos. Não convocou Adriano, que embora já voltava a cair vertiginosamente de rendimento, havia levado o Flamengo ao título brasileiro um ano antes. E deixou de lado Ronaldinho Gaúcho, que apesar de não viver boa fase também era apontado como boa opção.
Preferiu apostar em nomes considerados controversos e que não estavam vivendo o auge de seu futebol, como Grafite e Kléberson. A cada batalha vencida nos campos sul-africanos, outra começava nas coletivas de imprensa. Dunga chegou até a ofender um famoso repórter durante uma delas.
Após a fase de grupos, passou pelo Chile antes de enfrentar a Holanda, nas quartas de final. Tendo Kaká como grande líder, a Seleção vencia por 1 a 0. Mas no segundo tempo tudo deu errado. Sneijder marcou dois gols, Felipe Melo foi expulso de campo e o Brasil se despediu do torneio. Aquela derrota por 2 a 1 foi o último jogo de Dunga como técnico até o seu retorno, agora em 2014. Abaixo, confira o aproveitamento do treinador em sua primeira passagem e os dez jogadores que mais foram utilizados.
Números: em 60 jogos, foram 42 vitórias; 12 empates e 6 derrotas. O aproveitamento no período entre 2006 e 2010 foi de 76,6%. Os dez jogadores mais utilizados por Dunga no período foram: Gilberto Silva, Robinho, Maicon, Kaká, Julio César, Juan, Lúcio, Daniel Alves, Elano e Luis Fabiano (artilheiro sob o comando do treinador, com 22 gols marcados).

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