O médico Geraldo Freitas de Carvalho Júnior foi condenado a 17 anos, 10 meses e 15 dias de prisão. Ele é acusado de matar o colega Andrade Lopes em maio de 2021. O julgamento de Geraldo Freitas, que aconteceu no Fórum Desembargador Filinto Marques Cerqueira, em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador.
O julgamento começou às 8h30 de quinta-feira (26) e acabaou às 3h desta sexta-feira (27). Ao todo, 14 testemunhas foram ouvidas, cinco de defesa e nove de acusação. Geraldo Freitas vai cumprir a pena no conjunto penal de Jequié, onde já estava preso.
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Ele foi transferido para esta unidade prisional em 9 de agosto de 2023, a pedido da defesa, que alegou que os familiares de sua esposa residem no sudoeste da Bahia. Apesar da transferência, Geraldo permanece à disposição da vara do júri de Feira de Santana.
O julgamento, que inicialmente estava agendado para dezembro do ano passado, foi adiado após a defesa solicitar o desaforamento, ou seja, o deslocamento do julgamento da comarca de origem, onde, em regra, deveria ser realizado, para outra comarca próxima, alegando que o corpo de Andrade foi encontrado em São Gonçalo dos Campos, o que poderia ter alguma influência.
Relembre o caso envolvendo colegas médicos
O crime ocorreu em maio de 2021, quando Andrade Santana Lopes desapareceu ao sair do município de Araci, onde morava e trabalhava, com destino a Feira de Santana. Andrade foi assassinado com um tiro na nuca, e seu corpo foi encontrado no rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos, a 20 km de Feira de Santana. Geraldo Freitas, que confessou o crime, era amigo de Andrade e estudaram medicina juntos na Bolívia. O crime chocou a população da região, na época.
Segundo a Polícia Civil (PC), o homicídio foi motivado por um desentendimento relacionado à compra de uma caminhonete em nome de Andrade por Geraldo, que não tinha crédito devido a restrições no Serasa. Geraldo não fez o pagamento e o conflito entre os colegas culminou no assassinato.
A defesa de Geraldo alega que ele não tinha intenção de matar Andrade. Para a polícia, houve premeditação, considerando que Geraldo levou Andrade para o rio, carregando uma arma e uma âncora para cometer o crime.
AUTOR
Milena Brandão
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