A Polícia Civil investiga um médico suspeito de praticar importunação sexual e estupro na cidade de Itabuna, no sul da Bahia. Segundo a corporação, três denúncias foram registradas na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) e na 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) entre 2023 e 2024. A última ocorrência, envolvendo o estupro, foi feita na terça-feira (9).
As primeiras ocorrências, ainda segundo a polícia, foram registradas no dia 6 de julho de 2023 e no dia 15 de setembro do mesmo ano. Os crimes teriam acontecido em uma clínica médica, localizada no bairro do Pontalzinho.
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Informações preliminares indicam que três mulheres foram vítimas do médico chamado Dr. Antônio Mangabeira. No entanto, a polícia não divulgou o nome do suspeito. O inquérito já está em andamento e oitivas já foram agendadas na 2ª delegacia da cidade, responsável pelo caso.
A Clínica OncoSul, local onde o médico atuava, informou inicialmente que "no momento oportuno, o setor jurídico da empresa vai se manifestar sobre o assunto". Em um segundo momento, eles detalharam em nota que repudia "veementemente qualquer forma de assédio e reafirmamos nosso compromisso com a ética e a transparência. Estamos colaborando integralmente com as autoridades competentes para a investigação dos fatos, que devem ser apurados pelas instâncias legais, sempre com respeito ao contraditório e ampla defesa. Aos nossos pacientes, podemos assegurar que as medidas apropriadas serão tomadas, para preservar a integridade e a confiança de todos os que buscam os nossos serviços."
A TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia, tentou contato com o médico oncologista. Mas, até o momento, ele não respondeu às ligações.
Vítima de estupro disse que foi beijada e teve partes íntimas violadas
Em nota, a Polícia Militar (PM) informou que a paciente do suspeito solicitou ajuda após ter sido beijada. Ela alega ainda que teve as partes íntimas tocadas sem consentimento. Uma viatura do 15º BPM foi acionada por volta das 13h e, ao chegar ao local, constatou que o homem já não estava presente.
A vítima foi orientada a prestar uma ocorrência para que fossem tomadas as providências cabíveis. À TV Santa Cruz, a mulher de 51 anos contou que estava em tratamento contra a bactéria H.pylori, essa seria a terceira consulta com o médico. Nos primeiros atendimentos, ela passou mal assim como nesta ocasião e ao despertar viu o suspeito beijando-a.
"Eu senti que ele estava me beijando e tocando minhas partes íntimas. Quando tentei sair da sala, ele tentou me impedir. Gritei e fui acolhida por funcionários da clínica", contou a vítima.
No início da tarde, o Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias do Sul da Bahia (SINDIACS/ACE) emitiu uma nota sobre o caso, já que a vítima é sindicalizada. A entidade informou repudiou o comportamento do homem e reforçou que "condena veementemente qualquer forma de violência, assédio ou abuso, especialmente quando praticado por profissionais que deveriam zelar pela saúde e bem-estar da comunidade. A atitude do referido médico é absolutamente inaceitável e fere os princípios éticos e morais que devem nortear a conduta de todos os profissionais da saúde."
A SINDIACS/ACE ainda se solidarizou com a vítima e reiterou empenho em combater "essas práticas deploráveis."
Redação iBahia
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