Algumas práticas na educação infantil que já evidenciaram bons resultados agora estão no enfoque das ciências – e a principal delas é a leitura. Estímulo à imaginação, laços mais estreitos com os pais e criatividade são aspectos relacionados ao hábito de ler.
Mais do que um ambiente agradável e algumas horas de diversão, as crianças avançam consideravelmente em termos cognitivos e emocionais. Por isso, educadores e psicólogos têm orientado as famílias a incentivar o hábito da leitura muito antes da alfabetização.
No caminho do desenvolvimento
Os primeiros anos de vida são essenciais para o desenvolvimento da criança. Isso porque, até os seis anos, as crianças passam por um período intenso de formação de novas sinapses – conexões entre neurônios necessárias para o desenvolvimento de novas habilidades práticas e emocionais – essenciais durante a vida.
Depois dessa fase, os caminhos elaborados pelos neurônios que forem menos reforçados simplesmente deixam de existir. Portanto, a fase é crucial para novos aprendizados. “Até os três anos, temos um alicerce importante no desenvolvimento de várias áreas, inclusive a afetiva. E os estímulos que a criança recebe do ambiente fazem uma grande diferença”, destaca a psicóloga Maria Beatriz Linhares, da USP-Ribeirão, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Um exemplo prático: uma criança que vive em uma família bilíngue não terá problemas em falar as duas línguas. Por outro lado, para um adulto, aprender a se comunicar em um vocabulário diferente pode ser muito mais complexo. Reproduzir algumas sutilezas fonéticas será mais difícil se o aprendizado não ocorrer nos primeiros anos.
Uma habilidade emocional
Assim como a aprendizagem de línguas, a empatia é uma capacidade emocional que deve ser estimulada nos primeiros anos de vida. Ser empático significa ter a capacidade de se colocar no lugar do outro, tentar compreender suas vivências e perceber que o mundo não gira em torno de si. Essa habilidade é fundamental para que a criança tenha uma vida próspera em sociedade e saiba conviver com os outros em harmonia.
Nesse sentido, a leitura tem sido apontada como um grande estímulo para o desenvolvimento dessa capacidade e, consequentemente, o estreitamento dos laços familiares. Por meio dos livros, a criança começa a imaginar e visualizar situações emotivas que envolvem os personagens. A identificação com essas figuras tem papel significativo na capacidade empática, assim como a compreensão das diferenças e os desfechos de problemas. Contudo, é de grande importância que essa leitura seja de qualidade e variada. Permita que seu filho leia histórias diversificadas, que ofereçam uma perspectiva de mundo abrangente. Você pode fazer uso da internet para encontrar novas obras e materiais para trabalhar a leitura. Em sites como a Leiturinha.com.br é possível encontrar diversas sugestões, por exemplo.
O hemisfério esquerdo do cérebro trabalha ativamente nesse processo e é justamente essa área a responsável pela integração de vários sentidos na experiência: ela ouve os pais contando uma situação, visualiza a cena mentalmente e consegue se aproximar emocionalmente da situação.
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Redação iBahia
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