Carioca cria glitter à base de algas, pó de pedra e corante

Foi o irmão biólogo que alertou a arquiteta carioca Frances Sansão, de 27 anos: o glitter e a purpurina que ela tanto gosta de usar no carnaval, que são feitos de micropartículas de plástico, demoram demais para se decompor, poluindo o mar e os lençóis freáticos. Foi a partir desse papo e do burburinho que o artigo do site "Pedra Ambiental" intitulado "Glitter e purpurina: a brincadeira de carnaval que destrói a vida nos oceanos" causou na internet que Frances resolveu criar em casa seu próprio brilho sustentável: o Pura Bioglitter (@pura.bioglitter, no Instagram).

As cores intensas e aderentes fizeram então crescer o boca a boca entre os foliões mais animados sobre o produto de Frances, que promete ser sucesso nos blocos do Rio. - Procurei muito sobre o assunto na internet e vi que lá fora tinham algumas marcas, mas nada aqui. Fui pesquisando, fazendo vários testes e finalmente consegui chegar numa fórmula ideal - conta Frances, que coloca, na mistura, algas, pó de pedra e corante alimentício, que se decompõem facilmente e prometem não poluir como os tradicionais brilhos.

Frances vende as garrafinhas por R$ 7, nas cores azul, rosa, roxo, dourado, prateado e verde. Num fim de semana, vendeu 150 e já está com a produção toda reservada. Produção, diga-se de passagem, bem artesanal, como ela mesma gosta de salientar.

- Meu moedor, por exemplo, é bem pequeno - diz ela, que conta apenas com a ajuda do namorado em todo o processo. Quem se interessar, mas já estiver na rua, é só procurar pelo estandarte que ela promete levar para os blocos do centro da cidade no pré e durante o carnaval. - Vou vender nos locais onde costumo ir. E estarei no Boi Tolo, Orquestra Voadora...

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