O capitão do navio de cruzeiro Costa Concordia, que naufragou depois de bater em uma rocha no litoral da Itália, disse a juízes que informou aos proprietários do navio assim que aconteceu o acidente e negou que tenha demorado para ativar o alarme. Francesco Schettino é acusado de provocar o acidente, que deixou pelo menos 12 mortos. Com acusações de homicídio múltiplo, provocar naugrágio e abandonar a embarcação antes que os passageiros houvessem saído, Schettino está em prisão domiciliar na Itália. O navio transportava mais de 4.200 passageiros, além de membros da equipe, e afundou perto da ilha Giglio, no momento em que era servido o jantar. Até o momento, o navio está parcialmente submerso e ameça afundar ainda mais. Os trabalhas de busca e resgate continuam. Vinte e uma pessoas ainda estão desaparecidas. Segundo os procuradores que investigam o caso, Schettino chegou a 150 metros da ilha Giglio para realizar uma manobra conhecida como "saudação", em que se cumprimenta os nativos. Em depoimento, ele admitiu que chegou muito perto da costa, mas negou ser totalmente responsável pelo acidente, já que outros fatores podem ter contribuído para o naufrágio. Imediatamente após atingir a pedra, ele disse que enviou dois funcionários para a sala de máquinas para checar o estado do navio. Ao perceber a extensão dos danos, ligou para Roberto Ferrarini, diretor de operações da empresa Costa Cruises. Segundo transcrições publicadas pela imprensa italiana de seu interrogatório por procuradores, ele disse que imediatamente após atingir a pedra enviou dois funcionários para a sala de máquinas com o objetivo de checar o estado do navio. "Não consigo me lembrar de quantas vezes liguei para ele na hora e nos quinze minutos seguintes. Em todo caso, estou certo de que informei Ferrarini sobre tudo em tempo real", disse. Segundo ele, ele ainda pediu que a companhia enviasse rebocadores e helicópteros para auxiliar. Já o presidente da Costa Cruises, Pier Luigi Foschi, o capitão demorou para emitir alerta SOS e ordens de evacuação e passou informações falsas à empresa.
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