A agência de vigilância sanitária dos EUA (FDA) emitiu ontem uma aprovação preliminar para que mosquitos transgênicos sejam liberados na Flórida em um teste de combate ao Aedes aegypti. A iniciativa foi aprovada após cinco anos de discussões com os moradores da região de Key Haven, que tem o clima quente e úmido e favorece a disseminação do Aedes aegypti.
O texto da decisão fica disponível ao público por 30 dias. Durante esse tempo, autoridades deverão receber comentários e, se a agência não mudar de ideia, o primeiro teste será autorizado. A empresa que solicita a autorização é a britânica Oxitec, que já realizou quatro testes com o animal geneticamente modificado no Brasil.
A estratégia é produzir em laboratório os mosquitos machos (que não picam) e depois soltá-los para fecundar as fêmeas em áreas infestadas. Como o mosquito é estéril, os ovos resultam em indivíduos que não chegam à idade adulta, reduzindo a população de insetos. No Brasil, o inseto da Oxitec já recebeu aval da Comissão Técnica de Biossegurança, que considerou a tecnologia inofensiva. A Oxitec aguarda agora a autorização da Anvisa para tornar o mosquito um produto comercial.
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