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Maconha continua como a ‘droga predileta no mundo’, diz ONU

Droga é consumida por 200 milhões, diz relatório divulgado pela ONU

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24/06/2011 às 3:37 • Atualizada em 29/08/2022 às 12:47 - há XX semanas
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O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) aponta que, embora haja crescimento no consumo das drogas sintéticas, a maconha continua sendo a “droga predileta no mundo”, conforme relatório sobre o consumo de drogas no mundo divulgado nesta quinta-feira (23). Os dados sobre consumo são de 2009. O relatório mostrou ainda o uso abusivo de medicamentos no Brasil e a estabilidade no consumo de drogas ilegais em todo o mundo. De acordo com os dados, “uma alta prevalência de uso não médico de opióides (analgésicos) de prescrição foi relatado pela Costa Rica, Brasil e Chile”. Os dados apontam que entre 120 milhões e 200 milhões de pessoas no mundo consomem maconha, o que representa entre 2,8% e 4,5% da população mundial. Na América do Sul, 7 milhões. Para o Brasil, não dá dados. Segundo a Secretaria Nacional Antidrogas, em 2005 (dado mais atualizado), 2,6% da população brasileira usou maconha pelo menos uma vez no ano. Em relação à cocaina, no Brasil, estima-se 900 mil usuários, conforme relatório da ONU. "É uma planta que cresce em todos os continentes, todos os climas.É uma planta cultivada que cresce na natureza. É resistente e não tem limitação. É a droga mais popular e mais consumida no mundo", diz Bo Mathiasen, representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes no Brasil. "As drogas de preferência no mundo são diferentes de uma região para outra. No Cone Sul, cocaína e maconha. Nos Estados Unidos, outras drogas sintéticas e opiáceos (analgésicos)”, completou Mathiasen. As drogas ilícitas, principalmente a maconha e a cocaína, continuam sendo as mais consumidas e os principais focos de combate tanto em relação à segurança pública, quanto em relação à saúde pública, segundo afirmaram representantes da Secretaria Nacional Antidrogas e do Departamento de Polícia Federal, ambos vinculados ao Ministério da Justiça, que participaram da apresentação dos dados da ONU. "Embora haja drogas novas, sintéticas, muitas por modismo, para a Polícia Federal continua como prioridade e como as principais dores de cabeça cocaína e maconha", disse Márcio Nunes, coordenador geral da Polícia de Repressão a Entorpecentes da Delegacia da Polícia Federal, que participou da divulgação dos dados do relatório da ONU em Brasília. Representante da Secretaria Nacional Antidrogas, que atua com estatísticas sobre consumo no país e parcerias com o Ministério da Saúde para evitar o consumo, Vladimir Andrade, diretor de Assuntos Internacioanais e Projetos Estratégicos, afirmou que "apesar do debate na sociedade civil sobre se a maconha é uma droga menos nociva", o governo considera a maconha um problema de saúde pública. "O governo, dentro das suas ações, não privilegia nenhuma droga, exceto o crack e o álcool. A maconha entra no rol das outras substâncias. Para o governo, é uma droga que demanda ações. Talvez grupos sociais visualizem como uma substância menos nociva, mas sabemos que não é simples assim. Tem ainda a questão das pessoas que usam várias substâncias, não é só maconha", diz Andrade, da Secretaria Nacional Antidrogas. Márcio Nunes, da PF, afirmou que o governo vem atuando na região de fronteiras para reprimir a entrada de drogas no país. "No Norte e Nordeste, temos feito programa de erradicação e combatido o cultivo. No Brasil, a droga que passa entra em pequena quantidade, questão das conhecidas mulas (pessoas que fazem o transporte em pequenas quantidades)."

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