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Hosni Mubarak, ex-presidente do Egito, e os seus dois filhos Alaa e Gamal serão julgados pelas mortes de manifestantes durante protestos ocorridos em várias cidades egípcias em janeiro e fevereiro deste ano. A decisão foi anunciada hoje (24) pelo procurador-geral, Abdel Meguid Mahmoud. Os filhos de Mubarak estão detidos preventivamente, na prisão de Tora, no Cairo, enquanto o ex-presidente está em tratamento em um hospital particular, na cidade balneária de Sharm El Sheikh. De acordo com o balanço oficial, 846 pessoas foram mortas nas manifestações em defesa da renúncia de Mubarak, que acabou ocorrendo em 11 de fevereiro. Ele e os filhos são acusados de homicídio premeditado, por planejarem as mortes dos manifestantes que participavam de protestos pacíficos, e também de abuso de poder para enriquecimento pessoal. O ex-presidente e os filhos são alvos de investigações policiais sobre a origem de suas fortunas e a repressão das manifestações. Na semana passada, o procurador-geral pediu que Mubarak seja submetido a novos exames para verificar seu estado de saúde e sua transferência para um hospital prisional - ou de Tora ou de Mazraa. De acordo com informações de médicos que acompanham Mubarak, o ex-presidente está deprimido e precisa de acompanhamento psicológico. As informações são da Agência Brasil.