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Número de mortes provocadas pela Aids cai 27% em 5 anos

Relatório das Nações Unidas aponta rápido avanço no acesso a programas de tratamento

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Redação iBahia

31/05/2016 às 11:14 • Atualizada em 28/08/2022 às 4:00 - há XX semanas
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O número de mortes por doenças relacionadas à Aids caiu 26,7% nos últimos 5 anos, aponta relatório divulgado nesta terça-feira pela Unaids, Programa das Nações Unidas para a Luta contra a Aids. O dado é considerado “extraordinário” pela organização, graças ao avanço do acesso ao tratamento. No fim de 2015, 17 milhões de pacientes em todo o mundo tinham acesso a medicamentos antirretrovirais, um crescimento de 2 milhões em apenas 12 meses. Segundo o relatório, o número de mortes relacionadas à Aids caiu de 1,5 milhão em 2010 para 1,1 milhão no ano passado. A redução foi maior entre as mulheres (33%), que entre os homens (15%), porque eles iniciam o tratamento de forma tardia. A oferta global de terapias antirretrovirais alcançou 46%, sendo que os maiores progressos aconteceram nas regiões mais afetadas pela doença, no leste e sul do continentes africano, onde a cobertura aumentou de 24% para 54% dos pacientes, num total de 10,3 milhões de pessoas. Na África do Sul, 3,4 milhões de pessoas têm acesso ao tratamento, seguida pelo Quênia, com 900 mil. Botsuana, Eritreia, Quênia, Malawi, Ruanda, África do Sul, Suazilândia, Uganda, República da Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue aumentaram a cobertura do tratamento em mais de 25 pontos percentuais entre 2010 e 2015. Por outro lado, o número de novas infecções continuou estável, em 1,9 milhões de novos casos anuais, mas o dado mascara distorções regionais que devem ser percebidas para melhor combate à doença. Os países mais afetados, do leste e sul da África, programas de prevenção resultaram em redução de aproximadamente 40 mil infecções anuais entre 2010 e 2015. Regiões da Ásia e Pacífico também reduziram o número de novos contágios, mas no Leste Europeu e na Ásia Central o número de novas infecções aumentou em 57%. O grupo de maior risco é de jovens e adolescentes, sobretudo entre a população feminina. Mulheres entre 15 e 24 anos representaram 20% das novas infecções em 2015, apesar de serem apenas 11% da população. De acordo com a Unaids, desigualdade e normas de gênero danosas, obstáculos para a educação e acesso a serviços de saúde reprodutiva, pobreza, fome e violência estão na raiz dessa vulnerabilidade maior.

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