Um novo vídeo amador divulgado nesta terça-feira (13) mostra os irmãos Said e Chérif Kouachi trocando tiros com policiais que foram à sede do jornal "Charlie Hebdo" responder à ocorrência do ataque terrorista que deixou 12 mortos na última semana.
Depois do ataque, os dois irmãos caminharam tranquilamente até o veículo que usaram para chegar ao local. Um deles grita "Nós vingamos Maomé!" e "Al Qaeda Iêmen" antes de recarregar as armas. Logo depois de darem partida no veículo eles são interceptados por uma viatura policial. Depois de um segundo de hesitação, um dos irmãos começa a atirar contra os policiais.
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Os funcionários que sobreviveram ao ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo planejam uma tiragem recorde para a publicação que vai às bancas na quarta-feira: 3 milhões de exemplares. A edição terá o profeta Maomé na capa. Enquanto isso, a polícia francesa procura outros membros da célula terrorista envolvida nos ataques realizados na capital francesa na semana passada. Na noite de segunda-feira, o site do jornal Libération, publicação que está abrigando os funcionários do Charlie Hebdo, postou a imagem da próxima capa do jornal.
Trata-se de uma caricatura do profeta Maomé, chorando e segurando um papel no qual está escrito “Je suis Charlie”, ou “Eu sou Charlie”, frase que tem sido usada em manifestações contrárias ao ataque à publicação em todo o mundo. Acima da imagem do profeta está escrita a frase: “Tout est Pardonné”, que significa “Tudo está perdoado”. A edição será traduzida em 16 idiomas. “Três milhões de pessoas terão Maomé, o profeta, desenhado em casa”, declarou à BBC nesta terça-feira Zineb El Rhazoui, colunista do Charlie Hebdo. A polícia francesa disse que até seis membros de uma célula terrorista envolvida nos ataques de Paris podem estar foragidos, dentre eles um homem que foi visto dirigindo um carro registrado em nome da mulher de um dos participantes dos ataques. O governo enviou 10 mil militares para locais sensíveis do território francês, dentre eles escolas e bairros judaicos, após os ataques que deixaram 17 mortos na semana passada.
O irmãos Cherif e Said Kouachi e seu amigo, Amedy Coulibaly, foram mortos pela polícia. Os irmãos, que atacaram o jornal, morreram após serem cercados numa gráfica e Coulibaly foi morto no interior de um supermercado kosher, onde também fez vítimas fatais. Os três afirmaram ter ligação com extremistas islâmicos do Oriente Médio. Dois policiais disseram à Associated Press que as autoridades procuram, na região de Paris, pelo Mini Cooper registrado em nome de Hayat Boumeddiene, mulher de Coulibaly. Autoridades turcas dizem que ela foi para a Síria.
Um dos policiais declarou que a célula era formada por cerca de 10 pessoas e que “cinco ou seis podem estar foragidas”, mas não forneceu os nomes dos suspeitos. O outro oficial disse que a célula era composta por cerca de oito pessoas e incluía Boumeddiene. Um dos policiais disse também que Coulibaly aparentemente detonou um carro-bomba na cidade de Villejuif, na quinta-feira, mas ninguém ficou ferido e o fato não recebeu atenção significativa da imprensa quando aconteceu. O primeiro-ministro Manuel Valls disse que a caçada é urgente porque “a ameaça ainda está presente”.
Os ataques começaram na quarta-feira, com 12 pessoas mortas na redação do Charlie Hebdo, que satiriza do Islã e outra religiões, por homens que a polícia identificou como os irmãos Kouachi. A polícia disse, porém, que o ataque foi realizado por três pessoas. Autoridades disseram que Coulibaly matou uma policial na quinta-feira e, no dia seguinte, outras quatro pessoas num mercado kosher de Paris, antes de ser morto pela polícia. No domingo, foi publicado na internet um vídeo de Coulibaly explicando como os ataques em Paris seriam realizados. A polícia francesa quer encontrar a pessoa ou pessoas que gravaram as imagens e postaram o vídeo, que foi editado após o ataque de sexta-feira.
Testemunhas disseram que os irmãos afirmaram ter recebido apoio da Al-Qaeda no Iêmen, grupo que os Estados Unidos consideram o braço mais perigoso da rede terrorista. Em seu vídeo, Coulibaly jurou fidelidade ao grupo Estado Islâmico, que tomou o controle de grandes partes dos territórios do Iraque e da Síria, mas é forte rival da Al-Qaeda.
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