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'Peixe-humano' é encontrado a mais de cem metros de profundidade

Descoberta indica que altas pressões não impedem presença do proteus

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Redação iBahia

23/06/2017 às 16:49 • Atualizada em 29/08/2022 às 5:12 - há XX semanas
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O proteus — espécie rara de salamandra anfíbia apelidada como “peixe-humano“ pela aparência de sua pele — é um dos mais misteriosos animais conhecidos pela ciência. Cego, ele habita cavernas na região dos Bálcãs e pode viver até um século por causa do metabolismo lento. Agora, pesquisadores descobriram que o animal é capaz de sobreviver à pressão a mais de cem metros de profundidade.


				
					'Peixe-humano' é encontrado a mais de cem metros de profundidade


"É a descoberta mais profunda de proteus já realizada", disse Petra Kovač-Konrad, pesquisador da Associação Hyla, na Croácia, em entrevista à revista “New Scientist”.

A colônia de Proteus anguinus foi encontrada a 113 metros de profundidade no lago Zagorska, na Croácia. Os pesquisadores correm contra o tempo para identificar novos habitats da espécie, que está sendo afetada pela poluição provocada pela atividade humana. A observação deste anfíbio na natureza é particularmente difícil, pois ele habita sistemas de lagos em cavernas.

Por isso, a Associação Hyla mantém um projeto especificamente para a espécie. Nos últimos seis anos foram identificados cinco novos habitats.

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"Nós observamos espécimes em diferentes profundidades no lago, o que confirma a ideia de que a profundidade não é um fator de estresse para os proteus", disse Kovač-Konrad. "Nós também notamos que os proteus preferem partes específicas do sistema de cavernas com menos condições estressantes, como de menor fluxo de água e maior quantidade de sedimentos".

O pouco que se sabe sobre a espécie vem de observações em cativeiro, sobretudo dos espécimes mantidos num laboratório subterrâneo na caverna Tular, na Eslovênia.

"O estudo de proteus em grandes profundidades é extremamente importante, especialmente quando feito por mergulhadores focados na conservação", disse Gregor Aljančič, diretor do laboratório de Tular, que suspeita que o anfíbio pode suportar profundidades ainda maiores. "Nossos estudos anteriores indicam que o proteus pode lidar com pressões significativas".

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