A partir de março de 2016 a Playboy vai deixar de publicar fotos de mulheres completamente nuas. Será a maior reformulação da revista em 62 anos de história. De acordo com os responsáveis pela publicação, a decisão é por conta da internet. “Agora você está a um clique de distância de qualquer ato imaginável de sexo gratuitamente. E isso é tão passé (ultrapassado) nesta conjuntura”, afirmou Scott Flanders, principal executivo da empresa, em entrevista ao New York Times. Comandada por Hugh Hefner, a Playboy liderou um movimento ousado de libertação a partir dos anos 1950, mas perdeu relevância após a popularização da internet. Em 1975 a revista tinha circulação na casa dos 5,6 milhões e hoje não passa dos 800 mil. Em agosto do ano passado, o site da revista parou de publicar nudez e houve duas respostas: a idade média dos leitores passou dos 47 anos para os 30; e o tráfego disparou de 4 milhões aos cerca de 16 milhões. Agora a edição impressa seguirá passos semelhantes, com fotos provocativas, mas permitidas para menores - como se fosse um Instagram mais picante, segundo define o jornal The New York Times. As colunas de sexo serão focadas em experiências femininas mais positivistas e a Playboy manterá seu tradicionalismo em jornalismo investigativo, entrevistas com profundidade e ficção, mas com outro tipo de conteúdo imagético. “Não me entenda mal. Meu eu de 12 anos está muito desapontado com meu eu atual. Mas é a coisa certa a se fazer.”, comentou Jones. As informações são do site Olhar Digital.
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