Postulantes a Anita Ekberg devem tomar cuidado em sua próxima viagem a Roma. Imitar a cena do filme “La dolce vita”, que imortalizou a atriz sueca tomando banho na Fontana di Trevi, pode render uma bela multa para quem quiser se refrescar nesta ou em qualquer outra das 20 fontes históricas da capital italiana. Essa é mais uma na lista de proibições às quais o turista deve ficar atento em diversas partes do mundo, e que incluem infrações como subir em árvores, tirar fotos ao lado de tigres e até mesmo mascar chiclete.
O decreto que a prefeita de Roma Virginia Raggi assinou na semana passada prevê multas com valores entre € 40 e € 240 para quem cometer atos considerados lesivos ao patrimônio histórico, como sentar, subir, entrar, mergulhar e até consumir alimentos e bebidas junto a mais de 40 monumentos. Jogar objetos também está proibido, exceto para as tradicionais moedas — só em 2016, € 1,4 milhão foi retirado da Fontana di Trevi e doado à Caritas International.
As restrições vão até 31 de outubro, quando as tentações de se refrescar nas águas da História diminuem na mesma medida que as temperaturas.
Piscinão da Torre Eiffel
A proibição romana contrasta com a liberação parisiense. Na temporada de calor, o espelho d’água e os chafarizes do Jardins do Trocadéro viram um grande piscinão aos pés da Torre Eiffel. Outra fonte popular entre os que querem um pouco de refresco é o espelho d’água que cerca a pirâmide do Museu do Louvre. Mas ali, os “banhistas” costumam ser mais discretos e colocam apenas os pés. Os jatos de água que saem do chão no parque André Citroën, por sua vez, fazem sucesso entre as crianças, apesar da tímida placa que diz que brincar ali não é permitido.
O banho nesses lugares é apenas tolerado pelas autoridades, que ressaltam que as águas não são tratadas para essa finalidade. Para um mergulho totalmente dentro da lei, consulte os endereços das piscinas públicas e o calendário do programa Paris Plages, que cria áreas balneáveis às margens do Rio Sena — em 2017, será entre 22 de julho e 13 de agosto.
Já quem estiver com calorão em Nova York deve se controlar. Oficialmente há multa de até US$ 200 para quem tentar se refrescar em algum chafariz, fonte ou lago administrado pelo Departamento de Parques da cidade, como o caso do Jacqueline Kennedy Onassis Reservoir e a Bethesda Fountain, ambos no Central Park. A mesma pena vale para quem jogar lixo no chão ou frequentar o parque com garrafas de vidro. No entanto, quem for flagrado tirando uma foto ao lado de um grande felino no estado de Nova York terá que pagar US$ 250, conforme previsto na chamada “Tiger Law”. A lei foi sancionada em 2014 para desestimular circos e parques de oferecerem interação de visitantes com tigres e leões dopados com calmantes.
Chiclete proibido em Cingapura
OK, não é sempre que se encontra um tigre para uma selfie, ainda mais em Nova York. Mas o risco de um viajante desinformado ter problemas ao mascar um chiclete em Cingapura é grande. A goma de mascar está banida da cidade-estado do Sudeste da Ásia desde 1992, quando foram identificadas como inimigas da limpeza urbana. Quem for pego consumindo, portando ou comercializando o produto pode ser multado em até cem mil dólares de Cingapura, o equivalente a nada menos que R$ 236 mil. E se tiver que jogar a prova do crime no vaso sanitário, não a deixe boiando, à mostra. Também há multa para quem não dá descarga em banheiros de uso público: mil dólares locais.
Visitantes não-muçulmanos também devem ficar atentos em viagens a países do Golfo Pérsico, como os Emirados Árabes Unidos, principalmente no período sagrado do Ramadã, que se encerra no próximo sábado. Nessa época, ser pego comendo ou bebendo em público durante o jejum (do nascer ao pôr do sol) é considerado crime, podendo levar à prisão, mesmo sendo o infrator estrangeiro e seguidor de outra religião. Por isso restaurantes abertos ao público internacional colocam toldos ou outro tipo de barreira nas janelas e varandas que dão para a rua.
Há as leis baseadas em crenças religiosas e as para conter o excesso de entusiasmo dos visitantes. Nesta segunda categoria, se incluem as 64 novas normas editadas pela prefeitura de Calvià, nas Ilhas Baleares, onde fica a praia de Magaluf, uma das mais badaladas da Espanha. A partir deste mês, a polícia local vai começar a multar o mau comportamento nas ruas. Quem subir em árvores, usar sabonetes em chuveiros públicos e saltar de sacadas, por exemplo, poderá receber multas entre € 100 e € 599.
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Redação iBahia
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