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Delegada diz que pais suspeitos dormiam com criança morta na cama

Crime aconteceu na cidade de Itamaraju, no Sul da Bahia

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Redação iBahia

20/04/2017 às 20:46 • Atualizada em 29/08/2022 às 17:15 - há XX semanas
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"O mais absurdo é que eles dormiram com a criança morta na cama". O relato da delegada Rosângela Sousa, titular da Delegacia de Itamaraju, no Sul da Bahia, ilustra um crime ocorrido no município na noite da última terça-feira (18), quando uma criança de apenas dois meses de idade foi supostamente assassinada pelos pais, que ainda dormiram na mesma cama com o bebê após o crime.

Após denúncias de vizinhos, o casal Leandro Silva Santos, 26 anos, e Fabiana Rosa de Jesus, 21, foi preso em flagrante pela polícia nesta quarta-feira (19). Ao chegarem à residência do casal, na Travessa 13 de Maio (bairro Baixa Fria), os policiais encontraram a criança morta com marcas de violência no pescoço.

Foto: Divulgação/SSP

A suspeita é que o bebê, Juliana de Jesus Santos, nascida no dia 14 de fevereiro deste ano, tenha sido estrangulado. O sepultamento ocorreu nesta quinta-feira (20), no município. A outra filha do casal, de dois anos, foi encontrada na residência com queimaduras no corpo e foi encaminhada ao Conselho Tutelar do município, que constatou marcas de violência doméstica e deixou a criança sob os cuidados de um familiar materno.

O resultado prévio do laudo realizado no corpo do bebê morto apresentou causa indeterminada para o falecimento. A delegada, agora, espera o resultado final, com prazo de 30 dias. "Vamos esperar o laudo definitivo e começar a ouvir os vizinhos. Vamos ouvir 15 testemunhas, entre familiares e vizinhos", revela Rosângela.

De acordo com a delegada, a suspeita inicial é que a mãe tenha asfixiado a criança. Além das marcas no pescoço do bebê, também foram encontradas marcas nos dedos da mãe.

Familiares ouvidos contaram que Fernanda já ameaçava matar a criança, porque Leandro "dizia que a filha não era dele. Todos os ouvidos dizem que a mãe já falava em matar a filha. Ela (Fernanda) batia nas duas filhas", relata a delegada, que diz ainda não saber os motivos de os vizinhos terem chamado a polícia: "Vamos começar a ouvir os vizinhos segunda-feira (24) para saber do histórico". Pelos relatos dos familiares, a suspeita da delegada é que os pais tenham problemas mentais.

Versões

Rosângela Sousa revelou que a mãe contou duas versões para a morte do bebê. Na primeira, ela contou que Leonardo teria matado o bebê. Na segunda, por outro lado, disse que a criança morreu engasgada após a amamentação.

No entanto, a polícia desconfia desta versão pelo fato de os pais não terem chamado nenhum socorro. Segundo a polícia, o casal teria brigado na noite do crime.

O pai, por sua vez, em depoimento, negou que tenha sido o autor do crime. Já sobre a filha mais velha do casal, de 2 anos, Fernanda contou que as queimaduras foram provocadas por uma cunhada, que teria jogado café quente na criança.

Esta cunhada também foi ouvida pela polícia e negou esta versão. "Pelo contrário, ela contou que já havia alertado a mãe para que tivesse cuidado com a filha", disse Rosângela. A mãe de Leandro também prestou depoimento e, segundo a delegada, confirmou que o pai dizia que a filha não era dele.

"A sogra de Fabiana informou que ela dizia que iria matar sua filha, inclusive presenciou algumas agressões físicas", disse. O casal vai responder pelos crimes de homicídio qualificado, omissão de socorro, maus tratos e lesão corporal com violência doméstica.

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