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ECONOMIA

Varejo deve deixar de faturar R$ 465 milhões nos feriados em 2018

Estudo da Fecomércio-BA fez estimativa tendo como base os 16 feriados e pontes ao longo do ano

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Redação iBahia

03/01/2018 às 20:00 • Atualizada em 31/08/2022 às 23:45 - há XX semanas
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De acordo com estimativa feita com dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) da Fecomércio-BA, nos 16 dias de feriados e pontes ao longo de 2018, o comércio deve deixar de faturar 465 milhões de reais, quantia 4,6% maior que em 2017. Esse montante representa 0,7% de todo o varejo do estado.
O número de feriados e pontes é o mesmo do ano passado e o motivo desse aumento nas perdas para este ano está associado à expectativa de crescimento nas vendas do varejo. Assim, cada dia com redução do ritmo de vendas prejudica o comércio, sobretudo neste momento de saída da crise.
Estimativa feita através dos dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista e levou em consideração os feriados nacionais e estaduais (Foto: Evandro Veiga/ Arquivo CORREIO)
O setor que deve apresentar maior perda potencial, em termos absolutos, é o supermercadista com 262 milhões de reais, R$ 12 milhões a mais que em 2017. Na sequência vem as Lojas de Vestuário, Tecidos e Calçados com R$ 70,6 milhões, praticamente o mesmo montante do ano de 2017.
As Outras Atividades que é composta por comércio de livros, jornais e revistas, equipamento para escritório, informática e comunicação, combustível e lubrificantes, dentre outros artigos de uso pessoal, deve registrar perda de 57 milhões de reais, 1,5% superior ao valor do ano passado.
As Farmácias e Perfumarias devem deixar de faturar 53 milhões de reais, um aumento de 10% na comparação anual.
Por fim, as lojas de móveis e decoração que devem registrar a maior variação entre 2017 e 2018, de 13,5%. O setor deve deixar de faturar 22,5 milhões de reais, a menor quantia entre as atividades analisadas.
Para realizar estas projeções foram feitas algumas considerações. A primeira dela foi a exclusão dos setores chamado de duráveis como, por exemplo, eletrodoméstico e concessionárias de veículos. Estas são atividades com compra programada, ou seja, os consumidores efetuarão a compra independentemente do feriado. Por isso, foram eleitos os setores que a compra por impulso tem relevância.
Foram considerados os feriados nacionais e estaduais e somente uma parcela da venda daquele dia sendo afetada. Além disso, foi ponderada a possível perda de acordo com o faturamento de cada mês.
Alguns jogos do Brasil na Copa do Mundo ocorrerão em dias úteis, mas também não foi levado em consideração no estudo porque há políticas diferentes entre as empresas para esses dias.
A ideia deste estudo é mostrar o potencial de perda do varejo nestas datas específicas e não captar a transferência desta renda. É evidente que o turismo ganha nestes períodos e as famílias gastam mais no setor de serviços como transporte, hospedagem, alimentação fora do domicílio, etc.
Outro ponto a se observar é que com a nova reforma trabalhista melhorou as condições de abertura das lojas, pois o empregador consegue negociar com o empregado sobre esses dias e também se pode optar pelo modelo de trabalho intermitente. No passado recente os custos trabalhistas e operacionais inviabilizavam a abertura de grande parte das pequenas e médias empresas dada essa redução do ritmo de vendas nestes dias.
O calendário está posto para que os empresários consigam se programar com suas estratégias de vendas. Não está se propondo qualquer revisão de feriados, até porque, agora, com a economia retomando seu crescimento, abre-se espaço para que todos os setores consigam faturar mais sem haver disputa entre eles.

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