A Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) do Congresso Federal pediu a anulação de três questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), sob a justificativa de “cunho ideológico” e falta de “critério científico ou acadêmico”. O colegiado requer ainda a convocação do ministro da Educação, Camilo Santana, para audiência na Câmara e no Senado Federal, assim como informações sobre a banca organizadora do Enem2023.
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Em nota divulgada nessa segunda-feira (6), o colegiado diz que as perguntas das questões 70, 71, 89 são “mal formuladas, de comprovação unicamente ideológica e permite que o aluno marque qualquer resposta, dependendo do seu ponto de vista”.
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Duas das questões apontadas tratam sobre o avanço do desmatamento em regiões da Amazônia e no Cerrado brasileiro, pondo em xeque a ação do agronegócio, grileiros, madeireiros e pecuaristas. A terceira trata a corrida tecnológica e questiona o retorno social de grandes invenções.
“É inacreditável o governo federal se utilizar de desinformação em prova aplicada para quase 4 milhões de alunos brasileiros que disputam uma vaga nas universidades do Brasil”, enfatiza a nota.
Mais de 3,9 milhões de pessoas fizeram inscrição no Enem 2023, 13,1% a mais que em 2022, quando foram registrados 3,4 milhões de inscritos. Leia na íntegra a nota da Frente Parlamentar Agropecuária.
O iBahia entrou em contato com o Ministério da Educação e em nota, a entidade explicou que as questões do Enem são elaboradas por professores independentes, selecionados por meio de edital de chamada pública para colaboradores do Banco Nacional de Itens (BNI).
Além disso, a instituição pontuou que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) "não interfere nas ações dos colaboradores selecionados para compor o Banco. O processo envolve as etapas de elaboração e revisão pedagógica dos itens, além de validação pelo trabalho de uma comissão assessora. Os itens selecionados para a edição de 2023 passaram pelo fluxo estabelecido nas normativas do BNI."
Mari Leal
Mari Leal
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