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Empresas financiam envio de mensagens em massa contra o PT

Em reportagem publicada nesta quarta-feira (17),

Redação iBahia • 18/10/2018 às 13:07 • Atualizada em 01/09/2022 às 1:49 - há XX semanas

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Empresas brasileiras financiam um programa de envio de mensagens em massa contra o Partido dos Trabalhadores (PT). As corporações compram pacotes de disparos de envios de notícias contra o PT para o Whatsapp de diversos números em todo o Brasil. As informações são de uma reportagem do jornal A Folha de S. Paulo divulgada na noite desta quarta-feira (17).

Segundo a matéria, o caso se configura como crime eleitoral, já que a prática vai contra a lei pois se configura em doação não declarada. Os contratos chegam a R$12 milhões e entre as empresas envolvidas está a Havan, que já apoiou publicamente o candidato Jair Bolsonaro (PSL) em um vídeo onde também diz que os seus funcionários devem votar no militar.

As empresas que contrataram o serviço de disparo de mensagens usam como dados a lista de contatos do candidato do PSL além de contatos vendidos por agências de estratégia ilegal. Esta compra também se configura um crime, porque a lei eleitoral determina que as informações sejam usadas somente do banco do próprio presidenciável, de forma voluntária.

Ainda segundo a reportagem, este serviço de envio de mensagens em massa é oferecido pelas seguintes empresas: Yacows, Croc Services e SMS Market. O preço varam entre R$ 0,08 a R$ 0,12 por disparo para a base própria do candidato, e de R$ 0,30 a R$ 0,40, quando a base é da agência.

À Folha, as empresas afirmaram que não poderiam aceitar nenhum trabalho no momento, pois estavam com uma demanda muito grande na semana que antecede o segundo turno das eleições, que acontecerá no dia 28 de outubro.

O que dizem as empresas
À Folha, o dono da Havam, Luciano Hung, afirmou que não tinha necessidade de pagar um serviço de envio de mensagens em massa. "Não temos essa necessidade. Fiz uma 'live' aqui agora. Não está impulsionada e já deu 1,3 milhão de pessoas. Qual é a necessidade de impulsionar? Digamos que eu tenha 2.000 amigos. Mando para meus amigos e viraliza", disse ao Jornal.

O dono da QuickMobile, Peterson Rosa, contou que a empresa não está realizando trabalhos de política durante das eleições. Já o proprietário da Yacows, Richard Papadimitriou, disse ao jornal que não iria se posicionar sobre o assunto. A SMS Market não respondeu a Folha de S. Paulo.

A prestação de contas do presidenciável Jair Bolsonaro consta apenas a empresa AM4 Brasil Inteligência Digital que recebeu R$ 115 mil para mídia digitais. Um dos donos da empresa, Aurélio Carvalho, disse à folha que possui apenas 20 pessoas trabalhando na campanha do candidato do PSL. Ele disse ainda que o Whatsapp é utilizado ainda para denúncias de Fake News e grupos voltados para a campanha composto por apoiadores.

"Quem faz a campanha são os milhares de apoiadores voluntários espalhados em todo o Brasil. Os grupos são criados e nutridos organicamente", disse. De acordo com ele, o Whatsapp é utilizado parra denúncias de fake news e grupos denominados comitês de conteúdo.

Porém, de acordo com a reportagem, uma das ferramentas utilizadas pela campanha de Bolsonaro tem como função gerar números estrangeiros para números de Whataspp. Com este recurso, aqueles que participem de grupos podem se livrar do sfiltos de spam do aplicativo, o que pode gerar o aumento do compartilhamento das mensagens.

Apesar disso, segundo à Folha, não há indícios que à AM4 Brasil tenha contratado serviço de disparo de mensagens em massa

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