Vice na chapa presidencial do PT, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad condicionou qualquer mudança no rumo da campanha eleitoral do partido à reunião que ocorrerá nesta segunda-feira na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, onde o ex-presidente Lula está preso. A princípio, o PT pretende manter por mais alguns dias a estratégia de atacar o Tribunal Superior Eleitoral por sua decisão de impedir Lula de concorrer, com base na Lei da Ficha Limpa, para apresentar Haddad como seu substituto em um segundo momento.
Haddad recebeu neste domingo o apoio do senador Renan Calheiros (MDB), em busca do quarto mandato no Senado, e de seu filho, Renan Filho, candidato à reeleição ao governo de Alagoas. Os três estiveram juntos durante carreata em Maceió e Maragogi.
Chamado de “nosso presidente Haddad” por Renan Filho, o ex-prefeito foi questionado sobre a possibilidade de o PT desistir de um recurso ao Supremo Tribunal Federal para tentar manter a candidatura de Lula e lança-lo oficialmente como candidato.
- Na verdade, isso é boato. Porque aos fins de semana o presidente Lula não recebe visitas. Nós estivemos com ele na quinta-feira e todas as informações eram de que o tribunal eleitoral não julgaria o registro de sua candidatura. Nós não imaginávamos isso. Por isso nossa reunião não tratou do registro, disse Haddad ontem. – Nós vamos levar um novo cenário para ele. Como ninguém visitou ele desde então, se houver novidades, é amanhã.
Em uma entrevista coletiva ao lado dos Calheiros, Haddad procurou evitar uma questão espinhosa dentro do PT: a do prazo necessário para que os eleitores saibam que Lula não será candidato e associem Haddad como seu substituto, essencial para a transferência de votos.
- Eu acredito que a população está acompanhando as nossas movimentações e as movimentações do presidente Lula com atenção e com muita sabedoria, disse Haddad.
Duas viagens ao Nordeste mostraram que Haddad ainda é desconhecido: na Bahia, na Paraíba e em Pernambuco, ele foi chamado de “Andrade” e grande parte dos eleitores nem mesmo sabia que ele estava na chapa com Lula.
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Redação iBahia
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