|
---|
Para quem ama o bichinho de estimação, poucas ideias são tão apavorantes como o desaparecimento do animal. Hoje, além da perda, a possibilidade de furto, especialmente de animais de raças raras, também assusta os guardadores. Para garantir a localização mais rápida, cada vez mais pessoas apostam na microchipagem do pet. De acordo com a veterinária Daiane Dourado, da Clínica Planeta Animal, o procedimento é simples e indolor. Uma seringa - como a utilizada para vacinação - coloca o microchip sob a pele do bichinho, no dorso, entre as escápulas. “O microchip é do tamanho de um grão de arroz e nele ficam guardadas as informações sobre o animal”, diz a veterinária, destacando que é uma indicação de segurança para o pet e seu dono. Vale salientar que o bichinho não precisa ser sedado ou contido para fazer a microchipagem. O dispositivo – que tem um custo médio de R$ 150 - não sai do lugar, fato que garante tranquilidade e conforto para o animal. A partir da implantação do dispositivo, o proprietário recebe uma chave com uma senha para monitorar as informações sobre o bichinho de estimação. Todas as vezes que passar por um local que tenha o leitor universal do microchip, ele será identificado. “Em Salvador, infelizmente, não são todas as clínicas que possuem o dispositivo, mas é possível fazer a leitura em locais como o aeroporto”, explica Daiane. A veterinária salienta ainda que, ao contrário do que se pode imaginar, o microchip não funciona como rastredor ou localizador por GPS, mas atua como um registro geral do animal. “Em voos internacionais, por exemplo, é exigida a presença do microchip”, completa. Além da colocação do identificador, outras medidas garantem a proteção do animal de estimação. A advogada e responsável pela ONG Terra Verde Viva, Ana Rita Tavares, lembra que é importante ter em mão fotos atualizadas do bichinho para divulgação. Em caso de perda ou roubo, não deixe de fazer o boletim de ocorrência e a queixa, mesmo que não haja certeza sobre a autoria do roubo, além de proteger a casa. “Infelizmente, o animal ainda é visto como mercadoria possível de ser explorada”, pontua a advogada. Ela destaca também que quem comete esse tipo de crime responde por maus tratos, uma vez que afasta o pet do convívio dos seus guardadores, trazendo sofrimento ao animal, além de crime de furto e, dependendo da situação, invasão de propriedade. “É importante lembrar que o crime de maus tratos não se limita à agressão física”, conclui.