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Veredito

Acusado de matar corretora em Salvador é condenado, diz família

Crime aconteceu em 2017 e companheiro da vítima aguardava julgamento em liberdade

Redação iBahia • 28/09/2023 às 23:12 • Atualizada em 28/09/2023 às 23:30 - há XX semanas

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Aidilson Viana de Sousa foi condenado pela morte da corretora Janaína de Oliveira, em júri popular ocorrido nesta quinta-feira (28), em Salvador. A pena foi de 12 anos de prisão em regime fechado. O acusado, que aguardava o julgamento em liberdade, só deve seguir para o sistema prisional após análise de recurso feito pela defesa ainda durante a audiência.


				
					Acusado de matar corretora em Salvador é condenado, diz família
Foto: Reprodução / TV Bahia

As informações foram divulgadas ao iBahia pela filha da vítima, Priscila Gama. A decisão sobre o caso só saiu seis anos após o crime e depois de quatro audiências adiadas. O júri começou ainda na manhã desta quinta-feira e se estendeu até o fim da noite.

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Durante entrevista à TV Bahia à tarde, a filha da vítima havia detalhado a sensação de acompanhar a audiência. Priscila Gama foi a primeira a testemunhar em juízo.

"É muito doloroso, a situação é muito triste, o clima lá dentro é muito tenso. Pra mim, foi como se fosse aquele dia 10 de novembro. Como se eu tivesse vendo tudo pela primeira vez porque eu tive que falar em juízo, porque eu tive que falar pro júri ouvir. A pressão é muito grande, a defesa não alivia no que vai com a testemunha. É uma tristeza imensa."

A filha da vítima contou que a expectativa para o julgamento era enorme, e que teve medo de acontecer um novo adiamento. Ela pontuou também que ficou aliviada ao ver a situação sendo analisada e pediu mais celeridade para a Justiça.

"Levantar hoje foi como se (o julgamento) fosse ser adiado novamente, ao invés de ter uma notícia boa, eu só esperava uma notícia negativa. Eu acredito que essas situações dos adiamentos sejam sim por brechas da lei que permite que o réu fique solto, que permite que o réu peça adiamento de algo que já foi confesso. A gente sabe como anda a nossa Justiça, a gente sabe da lentidão, a gente vê os casos acontecendo, mas nada é feito por quem deveria ser a nosso favor", desabafou Priscila.

Depoimentos em juízo

Janaína foi encontrada morta no dia 10 de novembro de 2017, dentro do apartamento onde morava com Aidilson, no bairro do Barbalho, na capital baiana. O corpo foi descoberto pela irmã e por Priscila, que é fruto de outro relacionamento. A vítima tinha ferimentos de facadas.


				
					Acusado de matar corretora em Salvador é condenado, diz família
Foto: Arquivo Pessoal

Já na época a família denunciou o companheiro da corretora pelo crime. Ainda no mês de novembro, Aidilson foi preso. Os 30 dias da prisão temporária acabaram no dia 14 de dezembro de 2017, conforme informou o Ministério Público da Bahia (MP-BA). O órgão estadual denunciou Aidilson, porém a Justiça indeferiu o pedido de prisão preventiva.

Priscila contou que se sentiu mal durante todo esse tempo em que o acusado ficou em liberdade e disse que se considera vítima do crime também. "A principal vítima foi minha mãe. Mas, a partir do momento que o crime aconteceu eu também me torno uma vítima porque quem perdeu a mãe fui eu, quem sofre sou eu", disse ela.

A filha de Janaína ainda pontuou que o processo de julgamento foi carregado de tensão e pressão, principalmente por parte da defesa do réu. "A defesa, na minha oitiva, eles foram até mais tranquilos, apesar do clima ser tenso. Mas, na outra oitiva que estava acontecendo, foi horrível. Parece que quem cometeu o crime foi a gente",

Agressões

A família de Janaína não aceitava o relacionamento dela com Aidilson. Priscila contou que as agressões entre os dois eram constantes. Na época do crime, inclusive, uma prima da vítima disse que o homem era extremamente ciumento.

A mulher relatou ainda que a corretora verbalizou sofrer agressões verbais e físicas do suspeito. Uma foto divulgada pela família, mostrou Janaína com o olho roxo após ter sofrido uma suposta agressão anterior ao assassinato.


				
					Acusado de matar corretora em Salvador é condenado, diz família
Foto: Arquivo Pessoal

As marcas de violência, segundo os parentes, estavam espalhadas por todo o apartamento, quando o corpo da corretora foi encontrado. "Essa cena vai ser a que eu vou carregar pro resto da minha vida e apesar de ser testemunha da acusação, é como se Janaína fosse a causadora disso tudo", disse Priscila nesta quinta.

Vizinhos contaram à polícia que, na véspera do dia em que Janaína foi encontrada morta, eles ouviram barulho de mais uma briga do casal. A família contou que, após ser golpeada, mesmo estando muito ferida, Janaína conseguiu se arrastar pelo apartamento e trancar a porta de casa, deixando o agressor do lado de fora.

Mas, no entanto, a corretora não resistiu aos ferimentos. Janaína foi enterrada no final da manhã do dia 12 de novembro de 2017, no Cemitério Campo Santo, no bairro da Federação.

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