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MP denuncia dois policiais e outras quatro pessoas envolvidos em esquema de extorsão

Um policial que fazia parte do esquema foi morto em troca de tiros

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31/08/2011 às 20:08 • Atualizada em 27/08/2022 às 7:18 - há XX semanas
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Valmir morreu em troca de tiros
O Ministério Público denunciou dois policiais e outros quatro envolvidos no caso de extorsão que terminou com a morte do policial Valmir Borges Gomes, 54 anos, no início de março. Valmir, da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), estava com outros quatro comparsas, incluindo um policial, quando foi flagrado por uma equipe da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) tentando extorquir dinheiro de um estudante de 19 anos detido com lança-perfume. Houve troca de tiros e Valmir morreu no local. Os policiais denunciados foram Antônio Dante Barbosa Ferreira e Jurandir do Amor Divino Desidério - envolvidos em um esquema de extorsão por envolvimento em quadrilha armada; segundo ainda foi denunciado por concussão, que é a exigência de vantagem indevida de terceiros, e resistência qualificada. Quatro outras pessoas foram denunciadas por fazer parte da quadrilha - duas delas se passavam por policiais e responderão por usurpação de função pública. Segundo o promotor de Justiça Ramires Tyrone Carvalho, os réus faziam aprte de um grupo organizado armado que atuava em Salvador há mais de um ano, agindo contra pessoas que estariam descumprindo a lei. As vítimas eram obrigadas a pagar para a quadrilha para evitar serem conduzidos à delegacia. “As provas são firmes e convincentes para atestar a existência de organização criminosa armada, permanente e estável, integrada por todos os réus”, destaca o promotor. PenasDentre as provas citadas pelo MP está a movimentação finaceira dos denunciados, que tivearm o sigilo bancário quebrado.Segundo o promotor, isso permitiu comprovar a incompatibilidade entre os vencimentos recebidos pelos acusados e o valor movimentado nas contas. Segundo a denúncia, os réus agiam juntos há mais de dez anos, sempre da mesma maneira, abordando pessoas que vendiam anabolizantes, drogas e mercadorias sem nota fiscal, para tentar extorquir dinheiro. O policial Antônio Dante Barbosa Ferreira foi denunciado por quadrilha armada, resistência qualificada e concussão, juntamente com Geisom Sergio Cerqueira da Fonseca e Philippe Teixeira Pimentel D’Ávila Costa; Leonardo Sanches Gonçalves de Almeida e Valter José Farias Dantas foram denunciados por quadrilha armada, concussão e usurpação de função pública; já o policial Jurandir do Amor Divino Desidério foi denunciado por envolvimento em quadrilha armada, cuja pena varia de 2 a 6 anos de reclusão. A pena para resistência qualificada vai de 1 a 3 anos de reclusão. Por concussão, cada um dos denunciados pode pegar de 2 a 8 anos de reclusão. E por usurpação de função pública, a pena varia de 3 meses a 2 anos de detenção. Relembre o casoO policial civil Valmir Borges Gomes, 54 anos, foi morto por colegas da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), durante um confronto por volta das 21h30 do dia 2 de março, na Avenida Paulo VI, no bairro da Pituba. Agente da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), Valmir estava em um Volkswagen Gol com dois homens quando foram surpreendidos pelos policiais da DTE, que investigavam o envolvimento dos três em crime de extorsão. De acordo com a delegada Iracema Silva de Jesus, titular da Corregedoria da Polícia Civil (Correpol), Valmir e os outros ocupantes do carro reagiram a abordagem. Segundo moradores, o confronto foi intenso e vários carros foram atingidos, além de fachadas de prédios. Em pânico, algumas pessoas chegaram a invadir outras casas e estabelecimentos comerciais para se proteger do tiroteio. A corregedora-chefe informou que a vítima da extorsão é um jovem de 18 anos, que foi flagrado com lança-perfume pelo policial e seus comparsas. A princípio, Valmir pediu R$ 10 mil, mas acabou aceitando R$ 3 mil. O pai do rapaz, entretanto, denunciou a extorsão à DTE já que os criminosos se apresentaram como agentes da delegacia. Os policiais da Entorpecentes, então, armaram o flagrante na Pituba onde houve o tiroteio. Baleado, Valmir foi socorrido ao Hospital Geral Roberto Santos, no Cabula, mas não resistiu. No carro, policiais da DTE encontraram coletes e rádios comunicadores. Pouco depois do confronto, houve uma intensa mobilização na Corregedoria da Polícia Civil, na Chapada do Rio Vermelho, onde foi registrado o auto de resistência.

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