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Plataforma ajuda mulheres que sofreram violência online

Novo conteúdo apresenta informações sobre como enfrentar situações de assédio e compartilhamento de imagens íntimas sem consentimento

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Redação iBahia

26/11/2019 às 9:53 • Atualizada em 27/08/2022 às 0:27 - há XX semanas
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Ao menos 70% das mulheres que usam internet já sofreram algum tipo de violência online. E nem todas as que sofrem, ou conhecem alguém que sofreu, sabem o que fazer nessa situação nem a quem recorrer. A resposta pode estar na própria internet. A iniciativa mais recente é a Isa, uma bot, ou robô virtual, lançada neste Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher pela organização Think Olga e o Mapa do Acolhimento, da organização Nossas.org, com apoio de Google, Facebook e ONU Mulheres, para ajudar vítimas de violência na rede.
O nome não foi escolhido por acaso. Isa é um acrônimo para "informação, segurança e acolhimento". A ferramenta está disponível por voz no Google Assistente e por chat, no Messenger do Facebook, onde também tem uma página. Há textos e vídeos direcionados a três tipos de público.
Quem escolher "Ajuda agora" terá informações específicas para enfrentar situações como assédio e compartilhamento de imagens íntimas sem consentimento, a chamada pornografia de vingança (mais de 80% das vítimas nesse caso são mulheres ou meninas). Ali há dicas, por exemplo, de como coletar provas, por exemplo capturas de telas e imagens das ameaças, e ainda sugestões de recursos como o contato do Mapa do Acolhimento, que conecta vítimas a uma rede de psicólogas e advogadas voluntárias. — A tecnologia vem como resposta e ferramenta para criar uma rede de apoio e aumentar o acesso à informação — explica Larissa Schmillevitch, coordenadora do Mapa do Acolhimento.
Outra opção na bot é o "Saber mais", seção em que a Isa oferece conteúdos de como fazer da internet um ambiente mais acolhedor. Há informações sobre como aumentar a segurança de contas na internet e também sobre como usar as ferramentas que ajudam a relatar problemas a partir das plataformas de Google e Facebook.
A terceira opção é direcionada a ativistas, alvos mais frequentes de ataques dentro e fora da internet. Nesse caso, elas recebem uma palavra-chave que dá acesso a informações e dicas adicionais de segurança para o trabalho que desenvolvem, e ainda sobre como denunciar eventuais ameaças.
Além disso, há relação de endereços de delegacia da mulher e direcionamento a instituições que oferecem acolhimento. A plataforma não denuncia, mas indica como denunciar. — Nem todas as mulheres querem denunciar, por vergonha ou medo — diz Maíra Liguori, do Think Olga. — Mas ali oferecemos um caminho. Há também telefones e links. Até mesmo antes de pedir ajuda as mulheres têm dificuldade de entender que sofrem violência. Então a ferramenta pode ajudá-las a se identificarem. E principalmente a encontrar acolhimento, além de informação e segurança.

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