Termos como "todes", "todxs", "amigues" e "amigxs" têm sido usados cada vez mais em diversos ambientes como parte de um fenômeno político e de inclusão para que a comunidade LGBTQIAP+ se sinta representada.
Nos órgãos públicos, no entanto, as terminologias não poderão ser mais usadas. Isso porque a Câmara dos Deputados votou e aprovou um destaque (sugestões pontuais de alteração de um texto principal) que proíbe o uso de linguagem neutra em órgãos e eventos públicos. O texto ainda vai ser apreciado pelo Senado.
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A discussão foi incluída na discussão de um projeto de lei que trata da aplicação de uma linguagem simples no setor público. Conforme o projeto, a linguagem no setor público deve conter frases em ordem direta e curta; uso de palavras comuns; evitar palavras estrangeiras e organizar o texto para que informações mais importantes apareçam primeiro.
No plenário da Casa, apenas as federações PT/PCdoB/PV e Psol/Rede, além do governo e da maioria, orientaram o voto contra o destaque. A proposta foi aprovada com 257 votos a 144. A emenda é do deputado Junio Amaral (PL-MG).
O objetivo em substituir o artigo masculino genérico pelo "e" é neutralizar o gênero gramatical para que as pessoas não binárias, ou seja, que não se identificam com o gênero masculino nem com o feminino, ou intersexo se sintam representadas.
Mari Leal
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