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Presidenciáveis lembram ataque a Bolsonaro e falam em pacificação

Candidatos pediram para a organização retirar o púlpito vazio destinado a candidato do PSL

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Redação iBahia

09/09/2018 às 19:26 • Atualizada em 01/09/2022 às 0:51 - há XX semanas
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Os presidenciáveis lembraram o ataque ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro, e falaram na necessidade de pacificação do país, no debate realizado neste domingo pela TV Gazeta, em parceria com o jornal "O Estado de S. Paulo". Logo na primeira pergunta, o candidato do MDB, Henrique Meirelles, lembrou o "radicalismo" que toma conta do Brasil. Geraldo Alckmin (PSDB) deu uma resposta semelhante ao discurso que adotou nos últimos programas de TV, dizendo que "um país dividido não avança" e que é preciso um "esforço conciliatório".

Meirelles perguntou, então, se Alckmin não estaria sendo radical ao colocar na TV programas em que ataca Bolsonaro, citando a forma como ele trata mulheres ou seu apoio ao porte de armas:

— Certamente, o candidato não viu meus spots. Em nenhum momento pregamos violência. O que mostramos foram frases, não ditas por mim, exatamente para dizer que o caminho da violência não vai levar a nenhum lugar melhor. Sou contra qualquer tipo de radicalismo — respondeu o tucano se referindo às polêmicas falas de Bolsonaro.

Foto: Reprodução

Segundo a fazer a pergunta, Ciro Gomes (PDT) primeiro desejou boa noite a Bolsonaro, disse esperar que ele logo se reestabeleça e lamentou a ausência dele no debate.

- Não penso nada parecido com ele, mas quero que ele volte a participar dos debates.

Marina Silva (Rede) aproveitou a pergunta do candidato do PDT sobre educação para também comentar o ataque a Bolsonaro e a situação de Lula.

— Estamos em um momento em que o Braasil precisa pensar tudo isso. A violência política e física não leva a nenhum lugar.

Alckmin também usou Bolsonaro para catapultar uma questão a Álvaro Dias (Podemos). Ao lembrar que, após o atentado, o candidato do PSL foi atendido pela Santa Casa, perguntou como senador lidaria com a financiamento das entidades filantrópicas, que estão quebradas. Os dois candidatos defenderam que o governo federal deve cobrar dos planos de saúde o atendimento em hospitais públicos de segurados:

— O Banco Mundial fez um estudo e revelou que o que falta não é dinheiro, é gestão competente, honestidade. O SUS é um grande programa, mal executado, mal implementado. Os dependentes de planos de saúde acabam na Santa Casa, e os planos não dão ressarcimento — ressaltou Dias.

No segundo bloco do programa, o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, e Meirelles foram questionados se a esquerda é responsável pela divisão no país. O líder do MTST negou e disse que há uma diferença entre o debate político e a intolerância. Meirelles disse que é preciso promover a democracia.

— Diferença na política é necessário. Quando a intolerância substitui argumento, isso é prejudicial. Com todas as diferenças que tenho com Bolsonaro, não vamos resolver isso na violência — disso Boulos.

Alegando respeito a Bolsonaro, os candidatos pediram para a organização do debate retirar o púlpito vazio que, pelas regras do programa, seria destinado a quem falta ao debate.

Fernando Haddad (PT) não participou do debate porque, oficialmente, ele ainda é candidato a vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva. O registro da candidatura de Lula foi barrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e o PT tem até terça-feira para registrar no tribunal o substituto do ex-presidente. Após ter confirmado presença, Cabo Daciolo (Patriota) informou que não compareceria ao debate.

LAVA-JATO
E a Lava-Jato continua dando tema para os debates. Depois de afirmar que iria chamar o juiz Sergio Moro para ser ministro da Justiça, tanto na convenção partidária que lançou sua candidatura quanto no primeiro debate, desta vez Álvaro Dias não tocou no nome do juiz ao comentar a operação Lava-Jato.

A operação também foi o tema de um debate entre Ciro e Alckmin. O candidato do PDT disse que a condenação de Lula foi injusta, enquanto o tucano defendeu a prisão em segunda instância. Alckmin também propôs que condenados por causar prejuízos à União, percam seu patrimônio.

- Acho que a Lava-Jato pode ser uma virada histórica na impunidade. Entretanto, fui professor de Direito. A Justiça barulhenta está sempre sujeita à suspeição. Eu considero injusta (a prisão de Lula), e isso não tem a ver com simpatia. O juiz não consegue mostrar prova, condena por conjunto de provas.

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