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Não é mais possível pensar em uma empresa hoje que não utilize os recursos das novas mídias. Seja para divulgação de serviços ou apenas institucional, as redes sociais estão servindo como principal ferramenta de pesquisa, onde as instituições conseguem identificar seus principais erros e acertos. Autor de livros específicos sobre o assunto, o publicitário André Telles, encontrou no tema uma maneira de ajudar organizações a fazerem uma melhor comunicação com seus clientes. Telles conta que começou a estudar o sistema do marketing nas mídias sociais e a se dedicar ao assunto em 2005, quando escreveu seu primeiro livro, o Orkut.com. Para o publicitário, as novas mídias passaram a ser indispensáveis para as empresas a partir do momento em que 73 milhões de brasileiros se tornaram usuários da internet, sendo que deste total, 85% fazem parte de redes sociais. André Telles conta que as empresas precisam utilizar as ferramentas de forma que elas estejam integradas, para fazer com que o usuário passe mais tempo possível conectado à empresa. “O interessante é postar um vídeo no Youtube e colocar um link no Twitter, assim o usuário terá uma navegação por todas as mídias e passará mais tempo conectado à organização”, explica o publicitário. Sobre a importância das redes sociais para as empresas, Telles classifica três fatores principais: a geração de conteúdo, o relacionamento entre a empresa e os seguidores e por último, promover de forma indireta, a venda e as promoções da empresa. É necessário que toda empresa faça parte das redes sociais? Telles afirma que a depender do segmento da empresa, não faz sentido elas aderirem às novas mídias. “As empresas que são classificados como B2B (Business to Business), são empresas que trabalham para empresas, são fornecedores de serviços para empresas e não necessitam estarem conectadas às novas mídias por prestarem serviços à fornecedores, e são esses fornecedores considerados os B2C (Business to Consumer), que têm um contato direto com o consumidor”, explica. O analista de sistemas, Vinícius Barros, também tem dedicado o seu tempo às novas mídias. Há pouco tempo, ele criou uma empresa de Social Web, especializada em trabalhar com mídias sociais, e hoje presta serviços para diversas empresas e eventos. Para Vinícius, é indispensável que as instituições façam parte das novas ferramentas. “As empresas que não utilizam as redes sociais já perderam o trem. As estatísticas mostram que a grande maioria, já estão atuando de alguma forma nas mídias sociais”. Com o aumento do crédito e com a facilidade de aquisição de computadores e de acesso à internet, as classes C e D também tem uma participação muito forte no mercado. “Já se pode perceber uma segmentação de determinadas redes que começam a ter um público mais classe A, outras que tem um público mais classe B e C e outras que são C e D, então nas estratégias de comunicação, nós temos que eleger em quais mídias sociais vamos atuar de acordo com cada público”, explica o analista. Em relação a ferramenta que considera indispensável para as empresas, Vinícius não deixa dúvidas. “O Twitter hoje é a ferramenta de maior destaque, tem muita força, em pouco tempo cresceu e a repercussão acontece de forma muito rápida”.