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SAÚDE

Ações simples ajudam pacientes a apressar cura e tratamento

A contação de história, as comemorações de aniversário, entre outros, são algumas das iniciativas do Hospital Santa Izabel para a humanização da saúde no ambiente hospitalar

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18/09/2011 às 15:59 • Atualizada em 30/08/2022 às 20:31 - há XX semanas
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Desde que tinha dois anos, Crislane, hoje com 10, frequenta a ala de cardiologia pediátrica do Hospital Santa Izabel. Enquanto lida com exames, medicações e procedimentos, a pequena faz amizades e participa das rodas de histórias realizadas pela unidade de saúde.
A médica aposentada Izaltina Rocha é contadora de histórias e voluntária da ‘Viva e Deixe Viver’
Para a mãe de Crislane, a manicure Cristiane Jesus da Silva, esses momentos de brincadeiras, quando o tratamento da doença congênita do coração cede lugar às fantasias infantis, ajudam a manter a garota sempre disposta e motivada a frequentar o hospital sem reclamar. “Já passamos por outros hospitais, mas aqui minha filha tem um tratamento especial, sem ele, acho que toda essa luta seria muito mais difícil”, desabafa a mãe. A contação de história, as comemorações de aniversário, os projetos de aplicação de Reike (técnica oriental para energização) e o Música no Hospital, que é realizado através de uma parceria com a Universidade Federal da Bahia para apresentações musicais, além do transporte chamado ‘Corrida ao Centro Cirúrgico’, onde carrinhos especiais são colocados à disposição dos pacientes, são algumas das iniciativas do Hospital Santa Izabel para a humanização da saúde no ambiente hospitalar. SUS - Embora possa parecer inovador e um tanto utópica, a proposta de humanizar os serviços assistenciais de saúde não é nova. Desde 2003, o Ministério da Saúde orienta a rede conveniada ao Sistema Único de Saúde a tornar a relação entre os profissionais da área e os usuários mais cordata e equilibrada. No entanto, humanizar a saúde com problemas estruturais de diversas ordens e poucos recursos financeiros não é tarefa fácil. Para o mestre em Ciências da Saúde e organizador da 7ª edição do Congresso Brasileiro de Humanização da Saúde em Ação, que ocorrerá entre os dias 19, 20 e 21, em Salvador, Valdir Cimino, a humanização na saúde é mais que uma política pública, é uma necessidade para garantir a qualidade na assistência, especialmente no serviço público, onde o atendimento tem falhas históricas “Os serviços de saúde vêm passando por um processo contínuo de desumanização, onde a pessoa é vista como coisa e trabalhada em partes”, diz Cimino, destacado que a proposta é retomar o enfoque do humano no processo de assistência. Cimino reconhece que para que a humanização atinja seu patamar ideal, é preciso que haja um esforço conjunto da sociedade, poderes públicos e dos profissionais da área de saúde, afinal, é preciso tratar do problema em várias frentes, a exemplo da formação profissional nas faculdades, a capacitação daqueles que estão no mercado, as melhorias nas condições de trabalho e remuneração, para citar algumas iniciativas. Simplicidade - Enquanto o panorama ideal não é alcançado, Cimino lembra que o próprio Ministério da Saúde disponibilizou uma espécie de cartilha para ajudar os hospitais - que são considerados as portas de entrada do processo - a introduzir políticas de humanização. Ele ressalta que durante o encontro baiano, gestores, profissionais e demais pessoas engajadas no processo de assistência poderão discutir as ações de humanização debatidas nas edições anteriores, utilizando as experiências como a do Hospital Santa Izabel e tantos outros para transformar processos e procedimentos, que beneficiam pacientes, instituições, os próprios profissionais e toda a sociedade. Encontro estimula trocas - O Congresso Brasileiro de Humanização da Saúde em Ação será realizado entre os dias 19 e 21, no Centro de Convenções da Bahia . A iniciativa da Santa Casa de Misericórdia e da Associação Viva e Deixe Viver deve reunir agentes para aprimoramento da humanização na saúde. Em sua 7ª edição, o Congresso terá como tema “Comunicação e Liderança na Atenção e Gestão da Saúde”, proveniente de pesquisa realizada em 2010 junto a um universo de 2.200 profissionais e estudantes da saúde em 11 cidades do Brasil. Inscrições podem ser feitas no site www.vivahumanizacao.org.br.

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