Uma jovem de 15 anos ficou paraplégica ao contrair dengue, conforme diagnóstico médico. Polyana Matias de Sousa chegou a ficar internada por três meses em uma CTI de Divinópolis, cidade onde mora em Minas Gerais. Elizângela Maria, mãe da adolescente, contou seu drama em entrevista à Rádio Itatiaia.
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Os sintomas da dengue começaram a aparecer em maio de 2019. Polyana reclamava de dor de cabeça, tinha febre e muitas dores pelo corpo. Entretanto, a situação se agravou e a jovem passou a ter um quadro de confusão mental. Além disso, vomitava e chegou a ter convulsões.
Foi parar em uma emergência, mas Elizângela ouviu dos médicos que "era xilique" de sua filha. Eles não diagnosticaram o caso como dengue. Diante da insistência da mãe, os médicos encaminharam Polyana a um neurologista.
"Ela não me reconhecia mais", disse a mãe na entrevista.
A suspeita inicial era de que Polyana estava com meningite. Até a hora que o resultado de uma punção lombar entregou o diagnóstico correto. A jovem tinha dengue tipo 2, "algo que deixou os médicos surpresos".
Já com a filha em uma UTI pediátrica, Elizângela foi informada do quadro grave da filha, que poderia não sobreviver. "Ela então ficou em coma induzido, por três meses", explicou a mãe.
Durante esse período no hospital, Polyana enfrentou uma série de infecções, deixando os médicos cada vez mais desanimados. Depois que a adolescente saiu do coma, veio o pior: a pandemia de Covid-19.
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Com receio de perder a filha para e essa nova doença, Elizângela tomou a decisão drástica de levá-la para casa. Conseguiu equipamentos de suporte para a menina com a ajuda de familiares e amigos.
Fez três anos que Polyana saiu do coma em razão da dengue, mas a sequela a deixou paraplégica e com problemas de visão. Entretanto, Elizângela acredita na reversão desse quadro e não desiste. A jovem, à exemplo da mãe, enfrenta as dificuldades à exemplo da mãe. Retomou os estudos por meio de aulas com áudio e segue a vida.
A aposta para a recuperação total está em um tratamento com células-tronco, feito na Tailândia. A luta, agora, é levantar fundos para cobrir o custos elevados e ultrapassar todo um sistema de burocracia.
Mauricio Louro
Mauricio Louro
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