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SAÚDE

Beber para esquecer é mito. Álcool reforça memórias ruins, diz es

Dependendo da dose, memórias mais intensas, boas ou ruins, podem ser desencadeadas por conta da liberação de dopamina, que estimula o hormônio da memória

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Redação iBahia

09/02/2017 às 23:30 • Atualizada em 27/08/2022 às 2:39 - há XX semanas
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Quando os problemas apertam, há quem recorra a uma boa dose de bebida alcoólica para tentar esquecê-los. Mas, segundo um estudo feito por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, o efeito é um pouco diferente. O consumo de álcool, na verdade, reforçaria as memórias negativas.

No estudo, dividiram ratos de laboratório em dois grupos. Um bebeu água por duas horas e o outro, grande quantidade de álcool. Depois, todos foram submetidos a um som específico seguido de descarga elétrica. No dia seguinte, os animais ouviram o mesmo barulho, mas sem o choque. Os que tinham ingerido álcool demonstraram lembrar mais do choque do que os outros.

Para a coordenadora da Comissão de Dependência Química da Associação Brasileira de Psiquiatria, Ana Cecília Marques, o estudo deve ser feito em humanos para resultados mais precisos. Por enquanto, o que é certo, diz ela, é que, na primeira fase da bebedeira, o álcool pode resgatar memórias antigas, não necessariamente as vividas enquanto se bebe.

Dependendo da dose, memórias mais intensas, boas ou ruins, podem ser desencadeadas por conta da liberação de dopamina, que estimula a acetilcolina (hormônio da memória) no sistema límbico (responsável pelas emoções) explica.

Ela fala ainda como o álcool age naqueles que bebem para amenizar alguma dor:

A dopamina traz a sensação de relaxamento e a pessoa não fica presa ao mal estar que vive. Mas com o fim do efeito do álcool, tem que enfrentar a realidade como ela é.

Afogar mágoas e não parar de falar sobre elas

Se quando se começa a beber a tendência é lembrar de coisas não tão boas, após algumas doses a mais, a sensação é de relaxamento mental.

Após duas a três latas de cerveja, passa a se abolir a atenção, o reflexo, a capacidade de tomar decisões, conclui Ana Cecília.

O neurologista André Gustavo Lima afirma que o estudo da universidade americana pode trazer respostas químicas para um comportamento já conhecido: falar sem parar.

Quem bebe fica desinibido, então, fala mais ainda do que o incomoda. O álcool ocupa receptores de glutamato do lobo frontal (responsável pelo planejamento de ações e movimento, bem como o pensamento abstrato) o que causa essa desinibição, diz o membro da Academia Brasileira de Neurologia.

Sinais de ressaca

Dor de cabeça
O álcool causa a dilatação dos vasos sanguíneos do cérebro, provocando o incômodo. Mas evite tomar medicação que tenha paracetamol. Elas sobrecarregam o fígado.

Sede e boca seca
São sinais de que o corpo está desidratado. Tome bastante líquido, como água, sucos, e isotônicos. Não entre na onda de tomar mais uma. Isso só intoxica mais o corpo.

Enjoos e náuseas
A bebida ataca o aparelho digestivo, aumenta a produção de suco gástrico e de secreções intestinais, podendo causar gastrite e vômito. Por isso, alimente-se de forma leve.

Sonolência

O álcool desregula a produção de glutamina, um estimulante natural do organismo. Isso agita o cérebro e dificulta o sono. Para se recuperar, descanse.

Não fume
Quanto mais nicotina, menos oxigênio no sangue, o que apressa e facilita a intoxicação pela bebida alcoólica.


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