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A menor incidência de raios solares no inverno atrai pessoas que desejam ficar em dia com a pele. Nesta época do ano, tratamentos como peeling, luz intensa pulsada e com lasers são iniciados, pois a chance de obter um resultado satisfatório é ainda maior. A exposição aos raios ultravioletas durante o processo pode causar alguns danos. A preocupação dos médicos se dá pelo fato de alguns desses procedimentos serem à base de ácidos, que não podem ser expostos ao sol. Segundo a dermatologista Irene Spinola, no caso de um tratamento para manchas, a exposição solar pode piorar o problema. “Além disso, o tempo do tratamento será maior”, afirma. Para Lídia Magalhães, também dermatologista, os procedimentos podem ser feitos durante o ano inteiro. “Basta ter cuidado. Se o médico perceber que o paciente está angustiado para ver o resultado do tratamento, é bom esperar”, diz. Já Irene afirma que é preciso ter disciplina e seguir corretamente as orientações médicas. “Quase sempre é recomendado o uso de protetores solares. É preciso ter cuidado para a pele não ficar manchada”, complementa.
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Esse foi o caso da jornalista Indra Sampaio, 29 anos, que optou por um tratamento após o surgimento de espinhas e manchas no rosto durante uma estada a trabalho, em Belém, no Pará. Segundo ela, a temperatura climática da cidade é mais elevada, e, apesar de usar bloqueadores, não ficou livre dos males da radiação ultra-violeta. “Mesmo usando protetor solar, eu não tinha o hábito de fazer a reaplicação durante o dia. A ação do sol resultou no envelhecimento precoce e mudanças na pigmentação da minha pele”. Os resultados são gradativos e demorados, porém, algumas técnicas são mais rápidas e exigem mais cuidados por parte do paciente. A jornalista preferiu utilizar um medicamento à base de isotretinoína, substância utilizada no tratamento de acne severa, que durante o uso é proibido à exposição solar. No país a marca mais popular é Roacutan. “Procurei um dermatologista que me indicou medicamentos mais leves, com ácido salicílico e cremes. Porém, como estava a poucos meses do meu casamento, optei por um tratamento mais agressivo e com resultados mais rápidos”. Antes de iniciar o tratamento, é preciso ter atenção para algumas contra-indicações. Mulheres não podem engravidar. Caso a gestação aconteça, ela deve procurar um médico e seguir as orientações passadas por ele. “Substâncias como ácido retinóico podem causar problemas no feto”, alerta Irene. “Fui recomendada a tomar pílula anticoncepcional para que em hipótese alguma ficasse grávida. A medicação é muito forte e tenho que evitar pelo menos por um ano para ter filhos”, afirma. O tratamento de Indra durou cerca de oito meses e o resultado foi positivo. As espinhas e as manchas reduziram logo no primeiro mês, e hoje, dois meses após a conclusão do tratamento ela afirma ter melhorado 80% das manchas no rosto.
Prevenção – Pode não parecer, mas o sol do inverno queima tanto quanto os raios durante o verão. Mesmo em dias nublados, a pele deve ser cuidada como todos os dias do ano para evitar a ação danosa dos raios UVA e UVB. No caso de uma pele normal, o fator de proteção solar ideal é o 30. Se essa pele for sensível ou a pessoa tiver antecedentes de câncer de pele, é importante utilizar o que foi passado pelo médico.
Saiba mais sobre os tratamentos: Peeling – Técnica utilizada para clarear machas estimulando a regeneração natural da pele por meio de laser ou substâncias químicas como ácido retinoico, ácido tricloroacético, fenol (ácido mais forte e perigoso). Todos os tipos de pele podem ser submetidos ao peeling.
Luz intensa pulsada - Tratamento que elimina vasos e manchas. Pode ser usado sobre manchas mais superficiais e vermelhidão. A técnica é muito utilizada, também, para diminuir rugas no rosto, nas mãos e nas olheiras. O paciente que opta pelo tratamento deve evitar a exposição por duas a três semanas.
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