Com a confirmação de dois casos de sarampo na cidade do Rio e de mais de 450 em todo o país, médicos alertam para as sequelas mais graves da doença, que estão estão relacionadas a lesões nos olhos. Isso se deve ao fato de a conjuntivite ser um dos mais frequentes sinais do sarampo, deixando os olhos bem avermelhados e com possibilidade de infecção.
Integrante do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a médica Luciene Barbosa explica que o risco é maior no caso da criança que tem a doença ainda na barriga da mãe, transmitida pela gestante. Quando isso acontece, é alto o risco de o bebê nascer com alterações no nervo ótico ou na retina, o que pode levar até mesmo à cegueira.
Já no caso da criança que adquire a doença nos primeiros meses de vida, antes de ser vacinada, o risco principal é o de cicatriz na córnea, que é mais superficial. Logo, o risco de cegueira é, de forma geral, afastado.
"Essa criança provavelmente não ficará cega. O tratamento é com corticoide. Se for grave, pode ser necessário um transplante de córnea" diz ela, que também professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Luciene destaca que o risco deixa de existir uma vez que o bebê recebe a imunização, que deve ser feita com a tríplice viral aos 12 meses de idade, e com a tetra viral aos 15 meses.
"Depois de vacinado, o bebê tem risco praticamente nulo de ficar com dano ocular, mesmo se pegar a doença", afirma a médica.
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Redação iBahia
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