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Comprar camisinha ainda é tabu para mulheres, diz pesquisa

Falar sobre sexualidade ainda é um tema para desmistificar

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Redação iBahia

12/01/2018 às 9:31 • Atualizada em 27/08/2022 às 10:23 - há XX semanas
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Foto:Reprodução/ Instagram

Com o empoderamento feminino, as mulheres conquistam, a cada dia, mais espaços na sociedade e no mercado de trabalho. Mas quando o assunto é sexualidade o panorama parece que ainda tem o que evoluir. Uma pesquisa encomendada pela marca de preservativos Olla mostra que comprar camisinha ainda é tabu para grande parte do público feminino: elas se sentem desconfortáveis (42%) ou julgadas (37%) na hora de obter o produto. Já para a maioria dos homens (72%) é natural adquirir os preservativos.

— O constrangimento e a vergonha parecem estar relacionados ao medo de serem julgadas como promíscuas, enquanto os homens não sofrem o mesmo — analisa a antropóloga especialista em comportamento feminino, Mirian Goldenberg.

Um dado que preocupa a sociedade médica foi confirmado pelos entrevistados na pesquisa — pessoas sexualmente ativas com idades entre 18 e 35 anos: grande parte deles raramente usa camisinha.

— Com o avanço nos tratamentos, o medo de contrair uma doença sexualmente transmissível diminuiu muito. Então os jovens que não viveram a época do descobrimento do HIV, deixam de usar o preservativo. Isso tem aumentado muito a transmissão de DSTs, como a sífilis, por exemplo — afirma Cássio Sartório, ginecologista do Vida Centro de Fertilidade.

Poucas levam na bolsa

Das mulheres entrevistadas, 63% afirmaram já ter feito sexo sem proteção porque nenhum dos dois tinha camisinha. Apesar de acharem que deveriam levar os preservativos na bolsa (77%), apenas 29% delas os têm. Grande parte (47%) acredita que seria julgada pelo parceiro por ter o item, mas 79% dos homens garantiram que não veriam problema algum.

— Apesar de defenderem uma maior igualdade de gênero em suas falas, elas têm medo do preconceito a respeito de seus comportamentos sexuais. A vergonha não é necessariamente do parceiro, mas de não corresponder a um modelo de mulher que reprime a própria sexualidade — afirma Mirian.

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