Para muitos pais, a introdução alimentar dos pequenos pode ser um bicho de sete cabeças. Pensando nisso, a nutricionista Renata Branco dá dicas importantes sobre o assunto e ainda explica como inserir alimentos na dieta dos pequenos de forma criativa.
“Quando a criança rejeitar algum alimento, não desista de apresentá-lo novamente, tente mudar a textura, a forma de preparo do alimento ou um temperinho diferente. Não deixe essa seletividade da criança se tornar um problema. A melhor solução é ter calma, não demonstrar nervosismo e caprichar na introdução alimentar, pois é ela que vai levar na memória para o resto da vida dela”, afirma.
Segundo nutri, a prioridade deve ser sempre os não industrializados. “Entre os nutrientes mais importantes estão os carboidratos, proteínas, vitaminas A e C, ferro, zinco e cálcio, fibras e gorduras boas. Não pode faltar o arroz com feijão, tubérculos como batata doce , aipim, inhame; frutas como abacate, banana, laranja, maçã, frutas vermelhas; legumes e verduras como cenoura, chuchu, abóbora, berinjela, couve, brócolis, oleaginosas; carne, frango, peixe, ovos e gorduras boas como azeite. Sempre variando o cardápio e utilizando temperos naturais como alecrim, salvia, cheiro verde, salsa, cúrcuma e orégano, por exemplo", reforça.
E na hora de investir na alimentação saudável, vale usar e abusar da criatividade na hora de montar os pratos. Além disso, a recomendação é que o momento da refeição não esteja atrelado a qualquer outra atividade.
“Existem várias receitas atrativas e práticas que podem ser feitas. Usar os alimentos para fazer desenhos como flores, carinhas... Se um tipo de preparação não agradar, não é porque ele não gosta daquele alimento, pode ser simplesmente a textura daquele alimento. Lembrando: nunca desista de oferecer os alimentos ao seu filho e não alimente-o vendo televisão ou tablete, pois a comida será empurrada e ele não aprenderá a se alimentar de forma saudável. Paciência nessa fase é o principal. Dê a colher ou o garfinho para ele ter o prazer de se alimentar sozinho e sempre mostre os alimentos a ele. Faça com que a refeição seja um momento agradável para ele”.
O importante é lembrar que tudo deve ser feito de forma bem natural para evitar traumas. “Se o seu filho recusar algum alimento, não force, ameace ou até mesmo utilize recompensas. Devemos sempre ter criatividade nos pratos e persistência. Mesmo a criança recusando aquele alimento, não deixe de colocar no prato dele. Os pais poderão explicar aos filhos a importância de cada alimento de uma forma que a criança nunca associe a alimentação a algo negativo".
Nos dois primeiros anos de vida, alimentos não saudáveis como açúcar e industrializados não devem ser oferecidos, pois reduzem o apetite e competem com alimentos mais nutritivos, além de determinar o paladar dos filhos muitas das vezes até a idade adulta, já que os alimentos industrializados recebem aditivos para ressaltar o sabor, gerando sensações que não estão presentes no alimentos naturais.
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Redação iBahia
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