A espécie é a Pediculus humanus capitis e, na fase adulta, ele mede até 3mm. Apesar do nome difícil, o inseto é bem conhecido — e temido — entre pais e responsáveis de crianças: piolho, o bichinho que não dá trégua, especialmente no verão. E mais da metade das crianças em idade escolar (53%) passam por essa experiência, segundo estudo apresentado na última edição do Congresso Internacional de Conhecimento Científico.
Para combatê-los: olhar constantemente a cabeça das crianças e fugir dos mitos. "Ele não pula, como se acredita, mas em um contato mais próximo, como um abraço, pode-se pegar o piolho. Não adianta tratar só uma criança. É preciso uma ação conjunta na escola", ressalta o pediatra Antônio Carlos Turner, da clínica Total Kids.
Para ele, uma das principais consequências da infestação de piolhos, além das feridas consequentes da coceira, é o abalo que pode causar na autoestima. "Vejo crianças tristes, que sofrem bullying por ter piolho. Isso afeta o desempenho escolar", diz o pediatra.
Os bichinhos são um tormento para toda a família. Mas, para exterminá-los, não há solução milagrosa. As caseiras, advertem médicos, não têm resultados. O indicado é passar o pente fino, com auxílio de condicionador e tirar os piolhos manualmente.
Para retirar as lêndeas da raiz do couro cabeludo o pediatra aconselha passar algodão umedecido com vinagre. Em casos mais graves, há shampoos e medicamentos, inclusive orais. Deve-se, então, procurar o pediatra para tratar.
O piolho é insistente e gruda como chiclete. Sua fêmea coloca até dez ovos por dia. As lêndeas se fixam na raiz dos cabelos por uma substância parecida com uma cola. Além da coceira constante e irritante, a infestação pode causar até anemia, já que o piolho se alimenta do sangue do hospedeiro.
"Se não tratar, as feridas que surgem por conta da coceira podem causar infecção e outras complicações. Infelizmente não tem tratamento para sempre. Ele pode voltar. Tem que ficar de olho", diz Ana Paula Rachid, pediatra do Hospital Prontobaby.
Para não disseminar o inseto, ela defende que a criança deve se afastar das aulas até resolver o problema.
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Redação iBahia
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